A Assembleia de Freguesia de Aradas continua ‘a bater o pé’ ao executivo liderado por Catarina Barreto (PSD-CDS).
Depois da reprovação, já por duas vezes, do plano e orçamento de 2021, esta segunda-feira, a maioria sofreu um ‘duplo chumbo’.
As propostas de transferência de competências do município para a Junta, que está previsto no contrato interadministrativo a celebrar para 2021, e a primeira revisão do Orçamento e Plano para 2021 ‘caíram por terra’, novamente com votos contra do PS (5), PSD – CDS (2) e do eleito independente.
O ‘braço de ferro’ começou com a rejeição do relatório e contas de 2019 apresentado pelo executivo em junho do ano passado.
Desta vez, a oposição a Catarina Barreto entendeu que não poderia aprovar as propostas apresentadas, porque o orçamento de 2021 foi rejeitado, limitando a gestão da Junta a duodécimos.
Relativamente às competências / contrato intradministrativo, as obras e trabalhos em causa podem ser executados diretamente pela Câmara, sem delegação das mesmas na freguesia que, como lamentou a presidente, deixa a Junta limitada à gestão do cemitério e passar certidões.
A presidente da Junta, embora questionada, ainda não prestou declarações sobre os passos a dar após os votos contra.
Sabe-se, contudo, que na Assembleia de Freguesia Catarina Barreto mostrou grande desagrado com as postura dos vogais contestatários, considerando até que os mesmos podem incorrer em ilícito criminal ou do foro da disciplina partidária, no caso dos eleitos pela coligação.
A ata em minuta da reunião acabou também por não ser aprovada, uma vez que os visados pelas críticas querem transcritas exactamente as afirmações produzidas pela autarca consideradas de “grande gravidade”.
Catarina Barreto admitiria na assembleia que só as próximas eleições autárquicas poderão restabelecer a normalidade na Junta, assumindo-se já como recandidata ao segundo mandato.
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