O Tribunal de Aveiro agendou para esta quarta-feira, de manhã, o início do julgamento do processo da ‘Operação Teia Dourada’, que diz respeito a dezenas de assaltos violentos nos distritos de Aveiro e Coimbra. Na maioria dos casos, o grupo teve como alvo residências de idosos.
Os depoimentos das vítimas, que estão convocadas como testemunhas da acusação, deverão ser acontecer através de vídeo-conferência.
Aos 16 arguidos (entre os quais três mulheres) estão imputados crimes de roubo, furto na forma consumada e tentada, resistência e coação sobre funcionário, condução sem habilitação legal, detenção de arma proibida, introdução em lugar vedado ao público, dano e recetação.
A organização, que foi desmontada numa megaoperação policial realizada pela PSP, em julho de 2022. O MP requereu que seja declarado o perdimento a favor do Estado de 615 mil euros, correspondente ao valor mínimo global dos bens e valores subtraídos pelos arguidos.
» Em menos de meio ano, terão ocorrido 36 assaltos a residências, estabelecimentos comerciais, instalações de empresas, estaleiros de obras e outros espaços nos distritos de Aveiro e Coimbra;
» Os assaltantes conheciam as rotinas dos utilizadores dos espaços, estroncavam portas e janelas para entrar nas habitações e surpreendiam moradores a dormir, ameaçando-os de morte;
» Seis homens, cinco dos quais encontram-se em prisão preventiva, respondem pelos roubos. Os restantes (sete homens e três mulheres) são acusados de recetação (um deles é dono de uma ourivesaria).
» As buscas ocorreram em 11 concelhos dos distritos de Aveiro, Coimbra e Porto (Aveiro, Águeda, Lousã, Sever do Vouga, Oliveira do Bairro, Albergaria-a-Velha, Ílhavo, Vagos, Murtosa, Porto e Matosinhos).
» Foram apreendidos centenas de objetos furtados, nomeadamente 28 armas (12 das quais armas de fogo), sete veículos automóveis, largas dezenas de peças em ouro, cerca de 200 mil euros em dinheiro, droga, dezenas de ferramentas elétricas e outras, eletrodomésticos, entre outros.
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