A Câmara de Aveiro exige que seja criado um acesso rodoviário não urbano, a Norte, para servir da Unidade de Tratamento Mecânico Biológica de Aveiro de Eirol.
Atualmente, a central de tratamento de resíduos sólidos urbanos da ERSUC é servida apenas pela via localizada a Sul.
É necessário terminar “com o calvário das populações que vivem diariamente com a circulação de camiões pesados ‘do lixo’ a circular por vias urbanas sem condições de acolher esse tráfego.
A reivindicação surge no parecer enviada pela autarquia à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) no âmbito da consulta pública para o licenciamento da segunda célula do aterro sanitário
O Plano Diretor Municipal (PDM) prevê o novo acesso e existe mesmo um estudo prévio que aponta para um custo de cerca de um milhão de euros.
A edilidade informa que está “disponível para gerir e comparticipar esse investimento fundamental (projeto, aquisição de terrenos e obra)”.
A APA poderá recorrer a programas disponíveis (Fundo Ambiental ou POSEUR) para obter apoios públicos, “devendo a ERSUC comparticipar também esse investimento, que se reveste cada vez mais de um caráter urgente.”
Outras preocupações
» A Câmara reconhece que nos últimos três anos a gestão da UTMB de Aveiro “foi melhorada de forma sensível”, pelo que “é muito importante” que seja garantido pela APA e a empresa ERSUC “um patamar de qualidade de gestão sempre alto, mais agora que se vai construir e utilizar a segunda célula do aterro sanitário, mantendo-se uma perspetiva de vida útil mais reduzida do que o previsto inicialmente, como aconteceu com a célula um.”
» Segundo o parecer municipal, é “importante” também “ter presente as razões que aceleraram o processo de enchimento da primeira célula”, passando a incluir no processo de licenciamento, “em linha com as novas diretrizes e objetivos nacionais em matéria de redução de encaminhamento de resíduos para aterro”, um ponto dando conta da “obrigatoriedade de serem definidas as medidas necessárias que permitam concretizar a valorização dos bioresíduos, a valorização multimaterial privilegiando a separação na origem e otimização da unidade de triagem, reduzindo a quantidade de rejeitados que não segue para a cadeia de valorização.”
» A Câmara alerta, também, para “a inevitabilidade de reavaliar a capacidade da unidade de tratamento de lixiviados e o sistema de lagunagem associado, já que, como se sabe esta UTMB encontra-se muito próxima de linhas de água que desaguam no Rio Vouga, na zona do Baixo Vouga Lagunar e lençóis subterrâneos.”