O PS de Aveiro compromete-se a ter “em 2020 (e sempre) as pessoas no centro das preocupações” da sua ação política.
Em comunicado divulgado esta sexta-feira, a concelhia diz que “não é possível esquecer quem está permanentemente esquecido e ignorado” pela gestão camarária.
Por isso, irá “dar voz” às pessoas que “continuam a não ter transportes públicos” em horários “dignos de um município Europeu”, a quem “todos os dias” tem os contentores do lixo “repletos à porta da sua casa, por força de uma mudança de concessionária apressada e sem ponderação séria”.
Os socialistas pedem atenção também às pessoas que “pagam todas as taxas municipais pelos valores mais altos sem terem serviço próximo e atento” e que “esperam anos por uma resposta aos pedidos e questões colocados e não a obtêm atempada e com o conteúdo devido”.
Sobre a ação da Câmara, no início de mais um ano, o PS aponta “atrasos sistemáticos nas obras que são iniciadas apenas para gerar transtorno público e, por essa via, poder-se concluir que estão a ser feitas.
Irá dar voz ainda “às pessoas que querem escolas de proximidade e vêm uma política contrária espelhada na Carta Educativa” ou aquelas que “são ignoradas nas legitimas reivindicações, como seja sobre a destruição do Jardim do Rossio para implantar uma praça cimentada sobre um estacionamento subterrâneo”.
Em 2020, a concelhia liderada pelo vereador Manuel Oliveira de Sousa perspetiva “festa e propaganda”, pois “à entrada do último de exercício económico completo antes das próximas eleições autárquicas, não faltam reforços em pilares eleitoralistas.
Além do mais, acusa o PS, “são muitos os exemplos de clara falta de verdade nos compromissos assumidos como a ligação Aveiro-Águeda, prometida desde 2013, o Centro Cívico e Cultural de Aradas, prometido desde 2013, as escolas de Azurva, Quintã do Loureiro e Póvoa do Paço e Solposto, prometidos desde 2016 ou o novo centro escolar Centro Escolar de Requeixo, Nª Sra. de Fátima e Nariz, prometido desde 2017. “Muita propaganda não é sinónimo de gestão rigorosa e ao serviço das pessoas. É eleitoralismo”.
Também o anúncio feito pelo presidente da Câmara na mensagem de Ano Novo dando conta que irá ser alcançado o objetivo do reequilíbrio financeiro em 2020 também merece observações do PS. A saída do espartilho imposto pelo Fundo de Apoio Municipal “é algo que peca por tardio e claramente eleitoralismo bacoco e atentatório da inteligência dos munícipes”, critica a concelhia.
Discurso direto
“O PS já propunha, na campanha eleitoral de 2017, o cumprimento desta medida em 2018, mas a ideia da maioria visou a maximização da receita camarária durante quatro anos à custa de taxas e impostos no máximo, lesando de forma significativa a disponibilidade financeira dos munícipes.
Uma autarquia que ao longo dos anos tem mantido saldos de tesouraria entre os 40 e os 60 milhões de euros, só em 2021, quando se aproximam de novo eleições, promova o alívio fiscal” – PS de Aveiro.
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