Autárquicas 21 / ‘Viva Aveiro’: Manuel Oliveira de Sousa pede união “para combater quem quer dividir para derrotar S. Jacinto

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Apresentação dos candidatos 'Viva Aveiro' em S. Jacinto.

Manuel Oliveira de Sousa aproveitou a apresentação da lista candidata pela coligação ‘Viva Aveiro’ (PS-PAN) em S. Jacinto, esta quarta-feira ao final da tarde, para fazer um apelo à união na sequência dos problemas vividos pela maioria ‘rosa’ liderada por António Aguiar, recandidato à Junta, por força de dívidas e penhoras que levaram também ao corte das transferências municipais atribuídas via delegação de competências, o que valeu críticas à maioria PSD-CDS.

“Ninguém nasce ensinado, aprendemos com os erros e construímos o futuro dia a dia. Seria uma falsidade enorme não recordar: houve dificuldades, mas tivemos a ousadia de ir articulando, construir laços, reunirmos, de nos confrontarmos, pôr em causa o que tinha de ser posto em causa. Agora temos de solidificar o que nos une, chamar todos, dar resposta a quem não conseguiu o melhor entendimento, todos são importantes nesta luta, nestas equipa, em S. Jacinto, é esse o desafio”, afirmou.

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O cabeça-de-lista para a Câmara apelou à freguesia para estar “unida para combater quem quer dividir para derrotar S. Jacinto, para enxovalhar o nome desta comunidade; não vamos deixar, não estamos só para vencer eleições, mas para servir S. Jacinto. Há dificuldades, mas vamos vencer, não foi um acidente”, alertou o também líder concelhio ‘rosa’, acusando a coligação de direita de querer atingir freguesias do PS, como em Eixo-Eirol, onde o presidente da Junta “foi mal tratado sistematicamente”. “Um presidente de Câmara que trata S. Jacinto assim, desconfio que nem para presidente de condomínio o convidávamos”, ironizou.

Manuel Oliveira de Sousa assumiu as propostas que a lista local ‘Viva Aveiro’ tem para o novo mandato e acrescentou outros compromissos, como uma discriminação positiva no custo dos transportes públicos para os habitantes locais, tornando-os “mais acessíveis”. “A escola não é para fechar, S, Jacinto não pode perder o futuro, é necessário melhor habitação, serviços de proximidade e garantir polos de empregabilidade, estamos atentos”, garantiu, remetendo o desenvolvimento das propostas para a apresentação do programa eleitoral, “não imposto por um mas construído com todos, em todas as freguesias”, o que sucederá na próxima segunda-feira, “sem omitir ou fazer fintas com aconteceu em 2017 quando esconderam o buraco que querem fazer no Rossio”.

Títulos de notícias e sondagens motivam “alertas”

O candidato da coligação PS-PAN não terminou sei deixar “alguns alertas” sobre o que tem sucedido nos dias mais recentes e algo que pode acontecer nos próximos. Aludiu à rádio nacional do mesmo grupo do jornal “que troca títulos nas coisas que dizemos” a fazer a antevisão do comício de terça-feira com António Costa em Aveiro, em que “ouviu duas pessoas e põe o título a dizer que ninguém conhece o candidato do PS em Aveiro, vá lá uma disse que conhecia do cartaz. É isso que nos espera nos próximos dias”, gracejou.

A possibilidade de aparecerem sondagens na reta final da campanha também motivou uma chamada de atenção. “Querem fazer crer que notoriedade e conhecimento ou carisma são a mesma coisa; eu pessoalmente não estou a fazer disto vida como emprego, estamos numa missão ao serviço de todos, portanto as pessoas não têm de conhecer A, B ou C, mas têm de conhecer o nosso programa e a equipa, onde todos se sintam parte da solução, para respeitar Aveiro e seja melhor, o queremos é Aveiro em primeiro”, disse Manuel Oliveira de Sousa, insurgindo-se, também, contra “alguns vícios de forma”, como a sondagem que “paira no ar”, mas garantiu saber pela campanha no terreno “que vai no sentido contrário”. Há quatro anos, recordou, um estudo de opinião publicado no último domingo antes das eleições deu 11% ao PS, ‘varrendo o partido do mapa’ autárquico de Aveiro. “Recuperamos 20% na última semana e chegámos praticamente a 31%, desta vez vamos recuperar 20% e ficar a 60%, que isso é possível, está ao nosso alcance. Sem termos de ir com porco no espeto ou bebida a granel. Não vamos enfiar barretes a ninguém, vamos dar o melhor, não somos todos iguais”, concluiu.

António Aguiar diz que maioria assumiu obras da Junta para fazer inaugurações

O recandidato em S. Jacinto afirmou-se em condições de manter “a relação de proximidade e confiança” entre a Junta e a população sem abordar a situação financeira. “Queremos ainda melhor, no apoio às associações, apoio social, especialmente nos idosos, ter uma parceria para o auxílio em qualquer das áreas, com apostas fundamentais também nos jovens e crianças, quer no plano desportivo, cultural e recreativo, com colaboração próxima com escola”, adiantou.

O cabeça-de-lista acusou a Câmara de estar a assumir obras e melhoramentos locais que eram da Junta, com financiamento por delegação de competência, porque “deu jeito nesta altura apresentar como suas”, apontando os casos do circuito de manutenção (“executado de forma apressada e diferente do acordado”), as novas palmeiras agora plantadas “após insistência de meses”, a renovação da luz do largo da Igreja, também depois de muitos pedidos, ou a capela mortuária, desde 2019 com financiamento assegurado pela Câmara, que “alterou o nosso projeto e avançou agora”. Outras propostas foram apresentadas pela Junta, mas “a resposta nunca chegou”, voltando a figurar no programa para o novo mandato, como a requalificação da ‘praia dos tesos’, a manutenção da marginal, a “solução definitiva” para a frente ria e o parque de campismo, “abandonado nas mãos da Junta e de que agora a Câmara vem fazer bandeira”. António Aguiar defendeu que o equipamento deve ser entregue “de uma vez por todas de forma clara e definitiva” a S. Jacinto. Mantém ainda o empenho na melhoria da ‘casa abrigo’ e cais de atracação, continuar a reclamar a requalificação da EN 327 e do complexo desportivo, exigindo a continuidade do mesmo sob alçada da Junta de Freguesia de S. Jacinto.

Discurso direto

“As pessoas de S. Jacinto jamais podem ficar para trás ou esquecidas. António Aguiar fez um trabalho difícil, sim com dificuldades, mas foi uma luta e trabalho intenso, de proximidade e sempre focado nas pessoas. Estou absolutamente convicto que será alvo de reconhecimento pelas pessoas de S. Jacinto, que voltarão a depositar confiança nele para cuidar delas e deste lugar.
Manuel Oliveira de Sousa irá trabalhar em parceria, ao encontro dos vossos anseios. Jamais fará um exercício de política baixa, absolutamente desprezível, que é discriminar as freguesias por serem governadas por outras forças políticas que não a nossa. Temos pessoas diferentes, que fazem política de forma diferente, a pensar nas pessoas e também o transmitimos nas propostas para o município e freguesias dessa forma, a a materializar as ações em termos políticos.
Felicidade, saúde, bem estar, qualidade de vida, mobilidade, transportes, educação, inclusão, equidade, são palavras singulares do ponto de vista das propostas para Aveiro que não irão encontrar em todos os programas, em alguns irão encontrar uma ‘estradinha’, uma obra, qualquer coisa do género. É a diferença, temos a vantagem de agregar o PAN e os cidadãos independentes que vieram reforçar a preocupação pelo ambiente, natureza, crise climática, animais e crescimento sustentável. É a verdadeira matriz: pessoas diferentes têm propostas diferentes para cuidar as pessoas. Não é possível fazer boa política se não colocarmos as pessoas em primeiro.
O que está em causa nas próximas eleições é também impedir e terminar com o desrespeito sistemático à memória dos aveirenses, que é a base da construção do futuro. Quem a desrespeita, jamais poderá contribuir para um futuro melhor, queremos projetar as potencialidades de forma equitativa e respeitando as diferenças de cada freguesia, respondendo aos anseios dos seus habitantes” – Francisco Picado (candidato à presidência da Assembleia Municipal).

“Hoje em Ílhavo o atual presidente tenta reformular à sua maneira toda desertificação deixada por Ribau Esteves, que acaba em Aveiro com espaços verdes, com a particular obsessão em fazer capitular o emblemático Rossio. O seu congénere esforça-se agora por reabilitar o destruído, restituir o jardim que foi retirado aos ilhavenses, que empobreceu a cidade. Fazer de novo com todos os custos que implica.
PSD e CDS deixaram a Câmara em situação difícil, mas tiveram ajuda do Programa de Ajustamento Municipal e mais os impostos no máximo, acenando que o feito financeiro saiu da genialidade do presidente; não houve talento rigorosamente nenhum, seria talentoso sem qualquer tipo de ajuda e sem aumentar impostos, mesmo quando já não se justificava. Houve também a mão do Estado, com supervisão do qual seria quase impossível falhar.
Agora pretendem embalar com betão e alcatrão que chegam no derradeiro momento do mandato. O aveirenses ficaram impossibilitados de terem obras mais cedo, porque o presidente precisou do último retoque estético para a política do chafariz, política sem as pessoas não é para nós.
Vimos de tudo, até pinturas em passadeiras desaparecidas há seis anos e lugares estacionamento retocados à pressa com carros, sem segurança das pessoas e bens.
O executivo pediu ajuda e teve resposta do Governo positiva e os aveirenses ajudaram. Este executivo pediu e teve a ajuda que negou a S. Jacinto, a quem retirou as competências, não está a retirar ao presidente ou executivo, está a retirar à população.
A pandemia agravou a situação financeira da Junta, e em todo lado, e a gestão do parque de campismo, que é propriedade da Câmara, cujo peso da estrutura da dívida Ribau Esteves aparentemente desconhece, não ajudaram.
Independentemente de erros já assumidos, sem meios financeiros para resolver o problema, era fundamental que a Câmara, sem nenhum contágio partidário ajudasse a ultrapassar este momento de extrema dificuldade. Teria sido possível se o executivo pertencesse à coligação PSD-CDS ou talvez bastasse que o Aguiar mudasse de lado para todos estes problemas desaparecessem por milagre, mas não mudou; em vésperas de eleições decidiu rentabilizar a fragilidade de Junta para obter vantagem política, quis penalizar a população em prol do eleitoralismo, para atingir diretamente o presidente, que diz presente quando é preciso ajuda e não troca a autenticidade do mandato por nenhum favor partidário” – Rui Alvarenga (candidato a vereador, PAN).

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