Manuel Oliveira de Sousa respondeu, este domingo, aos reparos que têm sido feitos à coligação PS-PAN pela demora na apresentação do programa eleitoral, o que irá acontecer esta segunda-feira, em Nariz, no sul do concelho.
Os candidatos Ribau Esteves (PSD-CDS-PPM) e Nelson Peralta (BE) exploraram, nos últimos dias, o silêncio da coligação ‘Viva Aveiro’ em torno das suas propostas.
“Só quem não faz um programa com as pessoas é que é capaz de dizer que o programa eleitoral é necessário em toda a sua plenitude a oito dias das eleições”, ironizou o cabeça-de-lista ao intervir, este domingo, na apresentação da lista para a União de Freguesias Eixo-Eirol, que é liderada atualmente por João Carlos Morgado (uma das duas Juntas de maioria PS) e recandidato.
“O nosso programa está no compromisso que assumimos desde 5 outubro de 2020, quando começámos os ‘Diálogos colaborativos. É apresentado formalmente como estava definido na agenda. É uma construção coletiva, não é uma imposição de um estrangeiro, é uma construção de Aveiro, é uma referência a compromissos para concretizar, não é para garantir votos, mas sim para garantir que as pessoas etsão felizes e cada cidadão sinta que vale a pena viver num município amigo das das pessoas”, acrescentou Manuel Oliveira de Sousa.
O candidato mostrou-se confiante na reeleição de João Carlos Morgado para a presidência de Eixo-Eirol, elogiando o seu desempenho. “Testem a sua intervenção civica , partidária ou na gestão pública. Está na linha da frente, avalia, executa com rigor, está atento, com proximidade”, afirmou, garantindo que a coligação ‘Viva Aveiro’, a ser eleita para gerir a Câmara vai “respeitar a delegação de competências”.
“Temos uma estratégia que outros não sabem o que é, preferem ser autocratas em ‘zigue zague’, conforme os oportunismos que têm em carteira, nem sabem o que a Estratégia Local de Habitação (ELH)”, afirmou numa crítica implícita a Ribau Esteves, líder do município e recandidato.
Já o candidato à Junta de Eixo-Eirol queixou-se da falta de apoio camarário, o que não foi suficiente para o demover a recandidatura. “As dificuldades com a atual Câmara reforçam a vontade de continuar a luta pela defesa dos interesses da nossa comunidade”, disse, lamentando que tenha sido a única Junta “a quem foi cerceada uma parte das nossas competências, em concreto a gestão e manutenção dos espaços verdes e ajardinados em Azurva”, onde a Câmara terá colocado uma empresa contratada que não corresponde, levando as pessoas que não sabem disso a atribuir “a culpa” à Junta.
Ainda em Azurva, terão ‘caído por terra’, também, propostas para resolver a falta de estacionamento (“um projeto que a Câmara apresenta agora como seu”) e na requalificação da EB 1º ciclo em Azurva figuram apenas quatro salas, “quando já tivemos este ano letivo cinco turmas, o que é o esvaziamento das resposta da comunidade, é eliminar o serviço de proximidade”, criticou.
O recandidato comprometeu-se em criar mais espaços arborizados e manter a reivindicação de uma caixa multibanco nos Montes de Azurva. Há também uma rejeição: “Não vamos pactuar com o kartódromo junto de área residencial, como está a ser apoiado pela Câmara mas deixar para atividades desportivas e procurar um espaço alternativa”, defendeu.
João Carlos Morgado quer aproveitar a nova ligação Aveiro – Águeda para tomar medidas em favor da mobilidade suave na freguesia, transportes ajustados às necessidades e projetos exequíveis.
Discurso direto
“Tive o privilégio de privar com os cinco presidentes de Câmara de Aveiro na sequência do primeiro ato eleitoral. Todos, à exceção de um, foram exemplos de elevação na diferença de opiniões e em todos, excepto um, reconheço diáologo curial e o respeito. Todos sabemos quem é, não deixou de ser exemplo de pesporrência, de falta de respeito, de má criação com os seus munícipes. Não podemos deixar continuar esta indignidade. Queria partilhar também uma denúncia de eleitoralismo quando prometeu baixar o IMI. Desde 2018, após a alteração do Orçamento de Estado, foi possível aos municípios FAM poderem baixar sem qualquer limite os seus impostos. Foi sugerido pela vereação do PS que o fizesse, nunca o fez e agora promete perto das eleições o que teve condições para fazer” – Filipe Neto Brandão, mandatário da coligação ‘Viva Aveiro’.
“Nos últimos oito anos, Aveiro tornou-se uma coutada de um homem só, para quem um programa eleitoral é um mero termo de referência, onde obras não identificadas e não sufragadas são obras nucleares do seu mandato impostas pela sua autoridade autocrática.
Uma forma de trabalhar incapaz de valorizar os contributos e as capacidades dos seus vereadores, levou a que estes o abandonassem na pretendida reeleição. Socorreu-se de ‘homens de mão’, jovens turcos e acomodos da vida, e para isso montar uma lista que permite dar aos aveirenses mais do mesmo.
Os aveirenses estão cansados de não serem ouvidos, de as suas opiniões e sugestões não serem tidas em contas, de não terem transporte de qualidade e que se pretenda construir um pavilhão de 10 milhões de euros, uma Rua do Sal por 1,8 milhões aumentada em mais de meio milhão de euros por erro de projeto, enquanto Taipa, Nariz, Santa Joana e Eirol não têm passeios e as vias de comunicação estão suficientemente degradadas. Um parque Aventura por um milhão de euros e o Parque Infante D. Pedro está ao abandono, pagar taxas e impostos no máximo e o município ter mais de 50 milhões de euros em depósitos à ordem. Os aveirenses estão cansados de tanta falta de vergonha.
É a hora de mudar de governação, de escolher um presidente e uma equipa que privilegie o diálogo, considera a opinião alheia e incorpore as ideias dos municipes nas decisões, uma equipa com os pés na terra e tempo para gerir o município e não alguém qual homem dos sete instrumentos que deambula pelos múltiplos lugares e cargos que a sua vaidade lhe permite acumular. É hora de restabelecer um ambiente político são e só a coligação ‘Viva Aveiro’ consegue esse objetivo” – João de Sousa, diretor de campanha da coligação PS-PAN.
“Dia 26 de setembro é o dia do V, do ‘Viva Aveiro’. Falta uma semana, que será provavelmente decisiva, onde não podemos baixar a guarda, onde nada está garantido, mas começamos a semana com a convição que as coisas estão a correr bem, estamos quase lá, estamos no caminho certo para mudar Aveiro, devolver Aveiro aos aveirenses e devolver às freguesias, independentemente das suas geografias, as suas aspirações. Dia 26 ninguém pode ficar em casa e não ir votar. A escolha é livre, mas mais importante do que ficar em casa é escolherem vocês próprios o destino das vossas vidas, na educação, nos transporte, nas áreas essenciais.
Estamos na última semana, conhecemos bem as práticas de quem está em desvantagem e em desespero, ainda ontem no debate [Porto Canal] vimos política rasteira, nervosismo, ao interromper quem fala. Vemos cortar faixas na rua, bloquear pessoas nas redes sociais, condicionar via telefónica alguns que manifestam livremente a sua escolha e não nos surpreendida sairem uns resultadozinhos para alimentar a esperança de quem a vê perdida” – Francisco Picado, candidato à Assembleia Municipal.
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