O candidato da coligação PS-PAN à Câmara de Aveiro denunciou, em Aradas, “promessas” feitas pela ‘Aliança Com Aveiro’ (AcA) que estão por cumprir desde o primeiro mandato da gestão de Ribau Esteves.
“Temos memória, uma vez que não há cinema em Aveiro, vão ao Youtube ver algumas pequenos filmes, que se não fosse verdade eram de terror ou são mesmo terror, porque são de verdade”, afirmou Manuel Oliveira de Sousa ao discursar, esta tarde de sábado, durante a apresentação da lista local para a Assembleia de Freguesia, atualmente da maioria PSD-CDS-PPM liderada por Catarina Barreto.
“Num dos vídeos de 2013”, lembrou o candidato, Ribau Esteves “dizia ‘vamos mudar e pôr na história o património de Eça de Queirós’. Foi há muito tempo, não é de 2017; o que fizeram àquele património de memória e história, que é muito importante nos dias de hoje ? Umas bombas de gasolina, uma rotunda e ruínas de Eça de Queirós”, criticou.
O cabeça-de-lista da coligação ‘Viva Aveiro’ sugeriu outro filme, em que surge o presidente da Câmara a falar do centro cívico de Aradas, que permanece desativado. “Essa grande intervenção prometida em 2013 vê anunciada agora, a oito dias das eleições, a ideia de começar a fazer o projeto. É reprometido em 2021, basta! É preciso parar a mentira em véspera de eleições. Ou são capazes ou não são capazes, está à vista que não são capazes”, acusou.
Em Aradas, Manuel Oliveira de Sousa perspetivou, caso a coligação saia vencedora, uma “revolução tranquila, serena como compete a uma educadora e uma mulher de equipa”, numa referência a Anabela Saraiva, que é recandidata. “Não olha para umbigo próprio, não precisa de se colocar em bicos de pé, tirar selfies para aproveitar tudo e simplesmente não fazer nada”, afirmou.
Aproveitou ainda para cumprimentar a presença de Gilberto Ferreira, da candidatura independente ‘Sentir Aradas’, elogiando “a coragem de sair do comodismo para lutar pela sua terra e pela liberdade”.
“Tornar a antiga EN 109 uma avenida, não uma via rápida para Cacia”, reforçar os transportes públicos, executar uma via panorâmica do Parque de Ciência e Inovação até à rua da Pega foram alguns dos compromissos deixados pelo líder da ‘Viva Aveiro, garantindo ainda que irá “dar resposta a carências de habitação, pelo município e não com um privado em que se pôs às cavalitas”.
Manuel Oliveira de Sousa antecipou, ainda, uma das propostas que faz parte do programa eleitoral a apresentar no início da semana: um “gabinete de transparência e licenciamento”, considerado “fundamental” para “acolher projetos, ideias de empreendedores ou conhecer os requisitos” para em três meses terem resposta para poderem investir e contratar, “fazendo avançar Aveiro, com celeridade nas respostas”.
“Mudar a governação” é o propósito da candidata à Assembleia de Freguesia, atuando de forma “digna, responsável e rigorosa para a melhoria da qualidade de vida” local, com “solidariedade, inclusão e desenvolvimento sustentável”. A recandidata criticou a demora na reativação do centro cívico e denunciou “o caos” nas obras viárias em curso, com “prazos não cumpridos e falta de sinalização”, quando a manutenção de ruas “devia ser um trabalho continuo”.
Criar uma feira de atividade económicas, cuidar da casa dos avós de Eça de Queirós (fachada, envolvência e núcleo museológico), instalar espaços recreativos aproveitando a zona ribeirinha, lançar medidas para “tornar a freguesia amiga das crianças e jovens”, um programa de voluntariado e “gerar um espaço de centralidade”, envolvendo escolas, unidade de saúde, arquivo, antigo colégio Alberto Souto e o centro cultural do Bonsucesso, foram algumas das propostas deixadas por Anabela Saraiva.
Discurso direto
“Terminado a passagem pelo glamour das Glicínas, temos a sensação que a freguesia está estagnada. O mandato que termina foi o mais parecido com o estilo de governação municipal. O eu predominou sobre o nós, a altivez condenou a humildade, o individualismo da liderança vetou os demais ou a resignação ou à discórdia. Para a consumação da desunião foi um passo. O mandato em superficialidade das ações destruiu expetativas do prioritário, em que a vaidade individual trouxe vazio coletivo, a ausência de propósito, a desorientação. Em que se geriu parte em duodécimos. A democracia funcionou. As grandes opções não estavam a convergir com as expetativas da população. O executivo terminou o mandato há muito quando decidiu replicar o estilo do presidente para a sua própria governação, quando achou que para manter funções bastaria elogiar vezes sem conta o presidente da Câmara, idolatar as suas opções, mesmo quando nada tinham a ver com Aradas. Perdeu a confiança dos seus próprios companheiros de partido, o rumo. O mandato foi conduzido totalmente pela Câmara. Aradas esteve exposto a um vazio governantivo, sem visão, sem capacidade de diálogo, apenas a obsessão de fazer do Glícinas o âmago identitário da freguesia. ‘Viva Aveiro’ é a antitese.
Estão nervosos, porque o programa ainda não está impresso. Demorou mais porque não foi escrito por duas pessoas, porque não reciclamos os programas de 2017, porque assumiumos o compromisso de abrir o debate, ouvir o que aveirenses tinham para dizer, perceber as suas expetativas” – Rui Alvarenga (porta voz do PAN, candidato a vereador).
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