A ‘Aliança com Aveiro’ concluiu, este domingo, em S. Jacinto, o périplo de apresentação dos 10 cabeças de lista para as Juntas do concelho.
O líder da coligação PSD-CDS-PPM retomou a polémica gerada pela revogação das transferências municipais para a freguesia no âmbito das delegações de competências, acautelando novas penhoras movidas à Junta, devido a dividas a fornecedores, afastando, mais uma vez, outras intenções, nomeadamente eleitoralistas, como acusou o PS.
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“Na vida temos sempre de falar a verdade, alguns têm muito jeito para o teatro [referência à ligação do presidente da Junta António Aguiar ao grupo de teatro local], mas na política, na gestão de uma Câmara, não pode haver teatro, tentar iludir a malta. Deixar claro, ao contrário do que diz o PS, que estamos a fazer um ataque à Junta, porque há eleições por perto, nós trabalhamos com todas as Juntas sempre como lealdade. Aqui chegados, o que aconteceu recentemente é que a Junta não paga contas a muita gente e começaram a cansar-se”, explicou.
Para Ribau Esteves, a Junta de S. Jacinto não pode continuar a ter “gente que não é honrada e que ainda por cima anda à guerra”, aludindo às divergências no executivo PS entre presidente e a tesoureira e onde a assembleia rejeitou por unanimidade as contas de 2019. “Não podemos ter uma Junta que não é honrada, que não paga, que não gere o parque de campismo com rigor e transparência; precisamos de gente séria, que faça equipa connosco, a gerir com qualidade, rigor e sempre com verdade e transparência”, disse.
Sobre a ação camarária, lembrou o segundo maior investimento financeiro municipal (o ferry elétrico de 7 milhões de euros), “o grande sucesso” que é o Festival Dunas de S. Jacinto, a instalação das ciclovias (a que se seguirá a ligação ciclável S. Jacinto – Torreira, “uma obra grande e bela de 1,4 milhões euros”), a entrada da autarquia na gestão da Reserva Natural que irá permitir abrir o centro de acolhimento ou o avanço da requalificação do centro escutista.
Para o próximo mandato, prometeu a qualificação “profunda” do complexo desportivo, com um campo sintético e “um pavilhão em condições”. Pretende, ainda, “de uma vez por todas resolver o problema do parque de campismo”. A Câmara tentou encontrar um privado para assumir a renovação, “bem superior a 1,5 milhões e ficar com a gestão”, mas não houve interessados. “Anuncio hoje que é a Câmara que vai fazer o investimento direto, criar um parque diferente, uma oferta diferente dentro de uma reserva, entre o mar e a ria, a gerir com qualidade, rigor e transparência”, afirmou, lamentando que a Junta não cumpra a obrigação de prestar contas, sabendo-se “apenas por testemunho do presidente que dá lucro”.
Discurso direto
“Não tenham receio de partilhar a vossa opinião. Temos de estar atentos a encenações teatrais que podem desviar-nos do objetivo de ganhar as eleições.
Pretendemos intervir na requalificação do largo da Igreja e a intervenção profunda no edifício da Junta. A Câmara esteve sempre presente, só quem não quer ver não vê. Fomos sempre oposição construtiva, alertando para os problemas graves, aprovámos o orçamento de 2021, o que seria gerir em duodécimos com os graves problemas que existem. As eleições nunca foram tão importantes. Temos o desafio enorme de colocar as contas em ordem, voltar a dar bom nome a S. Jacinto. Como propusemos, vamos solicitar uma auditoria às contas não para fazer uma caça às bruxas, mas para ter um ideia real da situação” – Arlindo Tavares (candidato à Junta de S. Jacinto).
Críticas ao Governo por causa da habitação social em Santa Joana e às “forças de bloqueio do ambiente” em Cacia
No sábado, a coligação PSD-CDS-PPM fez uma dupla apresentação de recandidatos em Santa Joana (Vitor Marques) e Cacia (Nelson Santos).
Santa Joana acolherá, lembrou o Ribau Esteves, alguns dos maiores investimentos a executar no próximos, como são os casos da ampliação do parque de feiras, com um pavilhão multiusos, de onde irá partir também o eixo viário Aveiro-Águeda, a lançar na próxima sexta-feira, com o seu primeiro ato formal, em que o Governo entrega a obra às duas autarquias.
Anunciou também no âmbito rodoviário uma obra para desnivelar a chamada ‘rotunda do Rato’ melhorando a acessibilidade à freguesia através Avenida Europa, assim como a adjudicação, na próxima reunião do executivo, “da maior do parque escolar”, que é a ampliação e requalificação da escola e jardim de infância do Solposto.
O edil voltou a criticar o Governo pela falta de empenho na recuperação dos bairros do Griné e Caião, que são propriedade estatal, do IHRU. “Vai continuar a ser uma luta Não se admite que um Governo que promete todos os dias, esteja desde 2016 a anunciar a obra de profunda qualificação e é o mais redondo zero, nem sequer está a concurso. É uma vergonha o estado em que estão, mais do que disso é o estado de abandono das pessoas. Podiam seguir o exemplo da Câmara de Aveiro, onde em seis anos foram gastos seis milhões de euros de investimento. Não podemos aceitar que o tal Governo que é socialista, que dá tudo a toda a gente – estamos a criar um país em que qualquer dia não é preciso trabalhar -, o que vemos ali é o abandono, uma grande diferença entre o que a Câmara faz e o Governo faz”, afirmou.
Discurso direto
“Deixamos o compromisso de fazer mais, como por exemplo concluir a requalificação da escola básica dos Areiais e Solposto, melhorar as condições da União de Saúde Família, implementar a primeira fase do cemitério, que a revisão do PDM tornou possível, há muito desejado, renovação gradual as vias, um parque verde na zona de S. Brás, proceder do edificação do armazém da autarquia e melhoria da sede da Junta” – Vitor Marques (candidato à Junta de Santa Joana).
Já na freguesia de Cacia, o edil lembrou que está em curso “um conjunto muito vasto de investimentos em fase diferentes”, o que “demonstra o dinamismo” da Câmara, como acontece na qualificação escolar (Quintã do Loureiro, Póvoa do Paço, Sarrazola), na qualificação urbana (“uma grande revolução, que vai continuar”), na Avenida Europa, agora com “passeios adequados” e outras vias, como a rua Vale Caseiro, assim como na envolvente à EB 2,3 de Cacia.
Para o próximo mandato, comprometeu-se como a renovação da piscina e um novo mercado sem esquecer a necessidade de “lutar contra as forças de bloqueio do ambiente” no Rio Novo do Príncipe / Baixo Vouga para avançar com a ponte açude (em fase de adjudicação) e o sistema de defesa primário, “uma grande operação de 35 milhões de euros, uma grande prioridade também da região”.
Discurso direto
“Aqueles que durante quatro anos tudo fizeram para me derrotar só tenho de dizer: eu estou aqui, tornou-nos mais fortes, existem pessoas que ainda não saber viver em democracia. Há quatro dissemos que íamos requalificar as escolas, a antiga EN, a casa do Conselheiro, a rua dos Ervideiros, a rotunda da Lusovouga, a rua Vale Caseiro. Todos diziam que era impossível. Tudo isto está em obras, grande parte das promessas cumpridas. O presidente da Câmara cumpre com a sua palavra. Vamos fazer novos arruamentos, a nova piscina, o novo mercado, a requaficação do edifício sede. Não há razão para desconfiar. Estamos a tirar Cacia do século passado” – Nelson Santos (candidato à Junta de Cacia).
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