Autárquicas 21 / Aveiro: “Isto não é uma profissão, é estar cá pelos outros” – Manuel Oliveira de Sousa, candidato à Câmara (PS-PAN)

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Apresentação de candidatos da coligação 'Viva Aveiro'.

O candidato da coligação ‘Viva Aveiro’ (PS-PAN) defendeu “a proximidade como o pilar fundamental do poder local no século XXI”, comprometendo-se a envolver as pessoas, desde logo na elaboração do programa eleitoral a sufragar a 26 de setembro.

Manuel Oliveira de Sousa falava, este sábado, na apresentação dos cabeças de lista para os orgãos autárquicos, dos quais apenas falta conhecer quem será o número um para a freguesia de S. Bernardo, onde está garantido o apoio a um grupo de cidadãos.

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“A proximidade é uma tónica diferente, primeiro com grande sentido de missão e bem comum; isto não é uma profissão, é estar cá pelos outros, uma atitude permanente de estar ao serviço, de ouvir, de acolher, de integrar, incluir e andar para a frente. Escutar para criar políticas para as pessoas e com as pessoas. Por isso fomos sentindo o mais profundo dos aveirenses”, afirmou.

O também líder do PS explicou que a coligação com o PAN surgiu na sequência de conversas que remontam há quatro anos. “Por Aveiro, decidimos que temos de ir mais para a frente, por Aveiro temos de estar juntos, vale a pena, foi assim”, contou Manuel Oliveira de Sousa. Seguiram-se mais entendimentos que levaram a que fossem “acrescentados outros valores e motivações”, como aconteceu com o apoio dado para a candidatura à União de Freguesias da Glória e Cruz por parte de David Iguaz, do movimento ‘Cidadãos por Aveiro’, a quem agradeceu por “estar nesta visão de servir Aveiro e estar todos os dias com os aveirenses, ser voz dos que não têm voz” localmente. “Vamos adicionando outros mais para a frente, fomos escutando para criar lideranças”, referiu o candidato à Câmara, deixando a porta aberta a novas adesões e apoios.

Manuel Oliveira de Sousa sublinhou o empenho na construção das propostas eleitorais. “Escutamos as pessoas em todos os lugares, nas ruas, nas associações, para dar um programa que é trabalhado nas freguesias, nos diálogos temáticos, por cada um dos aveirenses que se quiser juntar a esta grande onda de mudança que que se chama ‘Viva Aveiro’; não o vamos impor, vamos trabalhá-lo juntos e apresentá-lo fruto do trabalho de todos”, garantiu.

“Quando escutamos as pessoas de Requeixo a pedir educação e saúde, é um exemplo; quando ouvimos Nariz a querer independência porque não tem nada, quer serviços de proximidade e transportes, é isso que temos de trazer para o nosso programa”, explicou o líder da coligação para quem importa “dar respostas às necessidades” das pessoas.

“Quanto ouvimos em S. Jacinto ‘não nos metam o pé no pescoço, deixem-nos viver, dêem-nos pão, queremos que nos ajudem e apoiem, queremos que nos socorram e dêem possibilidade de trabalhar na nossa terra’, é isso que temos de trazer para o programa”, enfatizou.

“Não temos uma zona industrial qualificada”

Nas “freguesias da cidade”, especialmente a nascente, a coligação irá corresponder aos cidadãos que pedem “uma cidade nova, do século XXI, com mobilidade suave, serviços, espaços de convivência, habitação a custos acessíveis, para fixar talentos, para crescer mais e de forma sustentável”, que permita aos jovens em início de carreira viver.

O vereador disse, também, que é preciso atender os empresários, o comércio local, quando dizem “não temos condições para trabalhar” ou “os apoios chegam tarde e a reboque, mesmo em tempo da pandemia”. “Quando empresas dizem que gostariam de ter um espaço para se instalarem , quantas se instalaram cá nos últimos anos ?. Não temos uma zona industrial qualificada, temos alguns espaços, prometidas muitas, a começar a qualificar uma, mas falta o resto”, criticou.

Um segundo pilar da coligação será “a identidade” de Aveiro. “Não vamos limpar a memória, nem destruir o património. Vamos construir juntos”, assegurou Manuel Oliveira de Sousa, assumindo também como outro “pilar o desenvolvimento sustentável”, o que vai “implicar produzir consensos” entre os aveirenses. “É a nossa marca, um município de autêntico serviço público”, anunciou.

Para o líder da coligação “as grandes obras são as pessoas, mas também faremos obras estruturantes” com um cuidado especial: “nesta crise vamos gerar consensos em tudo o que for estruturante, incluir ideias novas e consensualização, é o que precisamos em termos de desenvolvimento sustentável em Aveiro e no país”.

“Reinventar a solidariedade e acabar com a periferia” e ao mesmo tempo “ser mais próximos da cidade, da universidade e das instituições, olhar para o seu todo” também fazem parte dos compromissos enunciados por Manuel Oliveira de Sousa lembrando, a finalizar, que “cada tempo tem os seus desafios novos e as pessoas têm os líderes que merecem”, mas acredita que “grande margem dos aveirenses sentem que é a hora, que é preciso parar o estado a que Aveiro chegou, e ‘Viva Aveiro’ é a resposta para isso”.

Discurso direto

“Uma mudança é urgente e necessária, Aveiro tem estado arredada, nos últimos anos, do que é a modernidade no século XXI, está amarrada a paradigmas do século XX. Um exemplo: o traço identitário de Aveiro há mais de um século está a ser totalmente descaraterizada, será uma banal avenida. Outro, perante as tendências da descarbonização, um projeto como o do Rossio é irracional. Houve em Aveiro nos últimos anos uma degradação do discurso político autárquico. O confronto de ideias foi substituído por tentativas de desqualificação pessoal de quem discorda” – Filipe Neto Brandão (mandatário);

“O nosso objetivo passa por garantir que todas as forças políticas, e sobretudo os aveirenses, possam ter voz ativa na escolha dos destinos que pretendem para a sua terra. Não haverá a tentação de inclinar o terreno de jogo para nenhuma das partes, apenas penderá para o interesse dos município e dos munícipes. A realização de assembleias descentralizadas será uma realidade. Juntar pessoas, em exercício político de governação em harmonia e tranquilidade, respeitando divergências e criando pontos de convergência, como aconteceu com a coligação, incluindo o PAN. – Francisco Picado (cabeça de lista para a Assembleia Municipal);

“É uma coligação histórica que vai marcar um momento de viragem na cidade. Um momento em que dois partidos distintos conseguiram convergências pondo de parte o que os separa, unindo valores comuns por um ideário maior – o de resgatar Aveiro, que tem estado refém dos interesses de Ribau Esteves. Acreditamos que Aveiro precisa de uma verdadeira alternativa de gestão autárquica. Um novo ciclo que mude a vida das pessoas, no combate às desigualdades e nas múltiplas formas de exclusão social e políticas de verdadeira proteção animal e ambiental, que não constam do léxico da governação” – Inês Sousa Real (porta voz nacional do PAN);

“Nos últimos anos colocamos o combate às desigualdades no centro das políticas, é assim no País, pode ser em Aveiro; procurámos sempre responder aos problemas com abertura, diálogo, construção de melhores soluções, criando convergências, é assim no País e já está a ser assim em Aveiro; procurámos um crescimento, de modernização, com sustentabilidade e para crescimento todos, é assim no País e pode ser assim em Aveiro; procurámos reforçar os transportes com mais baixos preços, mais transportes e mais ‘verdes’ é assim devia ser e pode ser assim em Aveiro; e também novas políticas de habitação, a preços acessíveis, e se é assim no país, também pode ser assim em Aveiro” – Mariana Vieira da Silva (Secretária Nacional do PS / Ministra de Estado e da Presidência).

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