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Dos oito candidatos à Câmara de Aveiro nas eleições autárquicas, excluindo João Pinto, cabeça-de-lista do PCTP-MRPP, que limitou-se a entregar a lista, sem que o seu partido tivesse organizado iniciativas de campanha, pelo menos que tivessem sido anunciadas, há dois que estrearam-se, totalmente, nestas lides e um terceiro que concorreu no concelho pela primeira vez .
Miguel Gomes, da Iniciativa Liberal, e Cândido Oliveira, do Chega, nunca tinham sido candidatos autárquicos. Paulo Alves concorreu pela primeira vez à autarquia da cidade dos canais, mas já teve anteriores experiências políticas em outras localidades.
“Foi muito interessante, fizemos a nossa aprendizagem. Iniciativas de campanha ao longo de 15 dias, quatro debates e duas entrevistas. Aprendemos e evoluímos. Estamos com atividade partidária há ano e meio apenas. Há sempre ensinamentos a retirar”, comentou Miguel Gomes, candidato da Iniciativa Liberal, sem qualquer atividade partidária anterior.
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“Da próxima vez, temos de ter melhor organização e um trabalho mais antecipado”, assumiu o cabeça-de-lista ao fazer o balanço das ações de ‘apelo ao voto’, que contou com a presença de João Cotrim de Figueiredo, deputado e líder do partido.
Sobre a recetividade junto dos cidadãos, Miguel Gomes mostra-se satisfeito. “Julgo que conseguimos passar a mensagem liberal, de uma forma simples, procurando ser genuínos. Domingo se verá o que as pessoas vão decidir”, acrescentou o candidato que só dá nota negativa “a alguma politiquice” que foi registando na campanha local, “o que até é normal acontecer”. Da parte da Iniciativa Liberal houve um esforço no sentido contrário, garantiu o cabeça-de-lista. “Fomos diferentes, demonstrámos que é possível apresentar uma alternativa, neste caso do que são propostas liberais”, concluiu.
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Chega com muita expetativas
Cândido Oliveira, que apresentou-se pelo Chega, está com muita expetativsa em relação ao desfecho eleitoral. Sentiu “uma receptividade muito boa”, só lamentando que algumas pessoas se declarem apoiantes mas “escondem-se” para não serem conotados. “Não há razões para isso, somos um partido democrático e queremos legalidade democrática, as pessoas devem libertar-se desse estigma que nos colam”, disse o candidato que fez questão de incluir a sua imagem a par de André Ventura nos cartazes para beneficiar da notoriedade do líder, mas também por ser um seu indefectável apoiante.
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No resto, a campanha de estreia foi “um curso intensivo” e está convito que terá eco a sua pretensão de ser eleito “não para sermos fofinhos mas para colocar o dedo na ferida quando for preciso”.
Cândido Oliveira acredita que poderá vir a ser o destino do voto também de outros eleitores à direita, nomeadamente capitalizando descontentes do PSD local que pretendiam outro tipo de compromisso nas listas com Ribau Esteves.
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Discurso direto
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“Ouvimos da população que há necessidade de uma mudança. Quase todos os partidos concordaram com o que dizemos de um ‘choque fiscal’. Há determinadas situações que foram fortemente criticadas, como a requalificação da Avenida Lourenço Peixinho. Nós não, achamos que é um bom investimento público, vai mudar a face daquela zona, com mais áreas pedonais e um acesso ao comércio de forma diferente. Verificou-se algo importante: as propostas dos partidos têm orientação nacional. Os independentes, que não são novos nestas eleições, representam um exercício de cidadania que julgo muito positivo para Portugal, as pessoas começam a não rever-se nos partidos, porque recebem orientações de cima. Os independentes vão mais ao encontro dos cidadãos. Estamos muito mais livres e não condicionados pela partidarite. Nós somos todos independentes, concorremos com o partido Nós por razões de organização da candidatura. Acho que somos uma mais valia para cidade.” – Paulo Alves, do movimento independente ‘Amar Aveiro, candidato à Câmara, com apoio do partido Nós Cidadãos (não apresentou lista a outros orgãos autárquicos).
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