Autárquicas 21: António Costa incentiva ‘Viva Aveiro’ a “agregar forças e mobilizar energias para virar a página da crise””

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Comício do PS em Aveiro (eleições autárquicas 2021).

António Costa veio a Aveiro, esta terça-feira à noite, no arranque da campanha eleitoral das autárquicas “dar um grande estímulo de energia” à recandidatura de Manuel Oliveira de Sousa ao município local.

O atual vereador socialista surge à frente da ‘Viva Aveiro’, uma dos três coligações PS-PAN. Acordo que o secretário-geral socialista elogiou, por ser “um excelente exemplo do que é a natureza própria do poder local democrático”, onde para além do posicionamento diverso de cada partido, “o que conta mais são mesmo interesses daquelas terras e populações que os autarcas têm a obrigação de defender”, esperando que saia vitoriosa a 26 de setembro.

“A poucos dias de podermos ter um controlo sobre a pandemia”, o Primeiro-Ministro disse que “é a hora de nos fixarmos no futuro”, sendo necessários “grandes autarcas” para cumprir as missões em vista.

Os municípios vão receber durante o próximo ano, em pleno, “todo o pacote” das competências da descentralização e exercer “um papel central” na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a ‘bazuca’, “em áreas fundamentais”, como na habitação, na mobilidade, nos equipamentos (seja nas creches ou rede de cuidados integrados), tendo as autarquias as melhores condições para execução dos projetos.

“Aveiro tem grandes pergaminhos e uma grande tradição”, referiu o secretário-geral lembrando que o último município socialista, na altura da gestão de Alberto Souto, foi pioneiro nas bicicletas partilhadas gratuitas, as BUGAS, utilizando um veículo onde Portugal e a região e Aveiro se tornaram, entretanto, “campeões europeus de produção”.

António Costa disse que o país precisa que “o distrito de Aveiro em geral e a sua capital em particular” sejam “um dos grandes motores da transformação, crescimento e desenvolvimento económico do país”, destacando o papel da universidade e dos seus centros de inovação, com conhecimento que tem de ser posto ao serviço das pessoas, de maior produtividade das empresas, da competitividade e criação de emprego.

“Para que a cidade seja isso, precisamos de um município que agregue outras forças”, incentivou o Secretário-Geral do PS, apelando a “mobilizar energias que existem no território, casando-as e fazendo a ponte com todos os recursos” e, assim, ajudar “a virar a página da crise e fazer um país mais próspero e com mais condições de vida, para quem quer ter o seu futuro em Portugal”, nomeadamente das gerações mais novas

“Os desafios do futuro são enormes oportunidades, diz-se muitas vezes que cumprir regras ambientais são um custo, é um custo muito maior não cumprir e destruir o que é insubstituível, o planeta onde vivemos”, enfatizou ainda António Costa, garantindo investimento na sustentabilidade em projetos “que terão de ser mesmo executados”.

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O cabeça-de-lista para a Câmara apresentou a coligação como um “grande movimento de vontades” de pessoas, “que não estão para fazer carreira política”, mas para colocar “Aveiro no topo das capitais de distrito, no seu lugar de direito, cada vez mais forte”, como “uma cidade inspiradora para o futuro e inspirada” pelo que é na natureza, património, memórias, Arte Nova, cultura, ciência. Um “trabalho próximo” na cidade e nas freguesias, “não para um vencer eleições e singrar na vida, mas para que todos os aveirenses possam ter dignidade” onde vivem, vincou.

Manuel Oliveira de Sousa defendeu ainda um município de Aveiro “inspirado nas comunidades do futuro do século XXI, amigo das pessoas”, revelando ter detetado ao longo das sessões dos ‘Diálogos colaborativos’, tendo em vista a elaboração do programa eleitoral, a existência de “vários processos em crise acelerada”: no desenvolvimento sustentável, nos serviços ou na qualificação de zonas de acolhimento empresariais (“que grande empresa de fixou nos últimos 8 anos ?), na antiga lota e espaços verdes ou nos impostos, “que agora são prometidos descer à pressa a oito dias das eleições, quando durante oito anos denunciámos que era possível ter melhores serviços e os aveirenses não vissem os seus bolsos sugados; afinal era possível, já tínhamos feito essas contas, é tarde, porque agora os aveirenses não vão na conversa”.

O candidato, que faz a segunda tentativa de chegar à presidência, enumerou, também, falhas da gestão do município liderado pela coligação de direita ‘Aliança com Aveiro’ ao nível da “democracia e transparência”, na educação, acessibilidades e novas tecnologias (“tanto ‘Steam City’ e não captamos rede na maior parte dos lugares do município”), na cidadania e nos transportes. Apontou, também, a crise na “identidade de Aveiro”, com “uma avenida centenária que passa a ser uma auto-estrada no centro e a Avenida Europa, que mais não é do que via rápida, que temos de alterar”.

Aludiu, ainda, a outras “crises sistemáticas”, do Rossio, dos corredores verdes e das árvores, que “cada vez estão mais graves”, a ultrapassar “no respeito e diálogo profícuo e construtivo, para que as ideias de cada um não sejam apenas para um vencer, mas integradas, incluídas, para todos terem direito a contribuir para a comunidade e não impedidos de sermos melhores”, impondo-se “uma resposta de solidariedade” a vários níveis.

Manuel Oliveira de Sousa criticou o fecho de escolas primárias onde existem crianças numa decisão de “agregar, “centralizando nos Paços de concelho o que o Governo descentralizou, tirando de Lisboa”, comprometendo-se, ainda, a “abrir as portas do município à participação cívica” e dar mais respostas na saúde, mobilidade, sociedade digital e acolhimento às pessoas”.

“Vamos responder com solidariedade e para isso acontecer, porque por um voto se ganha, só há um movimento que congrega a diversidade e é resposta alternativa para o futuro de Aveiro, que é o ‘Viva Aveiro’; estamos na luta para dar a Aveiro o que merece, para ser uma cidade inspiradora novamente, amiga das pessoas, com a capacidade de ser melhor ao serviço do bem comum”, rematou.

Discurso direto

“Esta coligação não surgiu do nada. Ao longo destes quatro anos, PAN e PS foram uma voz de oposição bem clara à governação de Ribau Esteves, criando pontes nas convergências. A cidade não pode continuar refém de um executivo de visão curta, que não é de futuro e tem penhorado a qualidade de vida. A coligação de partidos e movimentos de cidadãos dá caminho a uma desejada mudança na gestão autárquica, que tem tido uma política desastrosa, que seja capaz de construir não só para as pessoas, mas com as pessoas, dizer presente aos desafios do século XXI, o que só é possível trazendo forças políticas com visão diferente, como o PAN e dos movimentos de cidadãos.
Ribau Esteves tem contribuído para um município mais pobre, estagnado, mais descaracterizado e cada vez mais arredado de uma visão de futuro, que salvaguarde as presentes e futuras gerações.
Assinala-se hoje o Dia da Ecologia, mas a proteção ambiental não só não tem sido uma prioridade para a governação da maioria em Aveiro, como é manifestamente incompreensível termos em pleno século XXI um presidente que faz gala de não gostar de árvores, que se dá ao luxo de abater árvores, porque o incomodam, esquecendo-se que a cada poda e abate está a penhorar as gerações do presente e do futuro. De forma obstinada,  está de costas voltadas para a população, não ouve os desejos e a voz dos aveirenses, promovendo pouco mais do que obras avulsas e desconexas em nome do velho adágio de deixar obra feita; decisões que assentam no betão, na mobilidade poluente, no desenvolvimento insustentável, deixando graves problemas, incluindo sociais, já não falando na proteção animal, que não cabe no léxico de Ribau Esteves. Há falta de respeito pelos munícipes e oposição, exemplo disso é a obra do Rossio, capturada por interesses que não os interesses dos aveirenses, pelos visto Ribau Esteves também não conhece o mapa de risco das alterações climáticas, está em claro contra ciclo com a visão de presente e futuro” -Inês de Sousa Real, porta voz do PAN.

Vídeo com o comício de Aveiro do PS no arranque da campanha eleitoral

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