Responsáveis autárquicos de Águeda e Oliveira do Bairro deslocaram-se hoje à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para “uma reunião de urgência” motivada pelos recentes casos de poluição ocorridos Rio Cértima, que provocaram uma mortandade de peixes.
“Estamos disponíveis enquanto Câmaras para atuar, mas precisamos de competências. Aquilo é uma vergonha, percebo a indignação das pessoas”, revelou o presidente da Câmara Águeda, que falava quinta-feira à noite na Assembleia Municipal em resposta a queixas apresentadas por um cidadão no período aberto à participação do público.
“O Rio Cértima está uma lástima, a Câmara tem nestes casos o mesmo papel dos cidadãos, que é ser denunciante. Não fiscalizamos, a não ser que nos deem competências. Temos ideia de quem são as fontes poluidoras. O caudal é reduzido nesta época, o que agrava o problema”, afirmou Jorge Almeida, lembrando ainda que ao longo do percurso do rio existem também diques para rega de arrozais.
Os autarcas de Águeda e Oliveira do Bairro foram pedir medidas urgentes à APA, a entidade a quem compete intervir.
Vitor Cardoso, morador na freguesia de Barrô, disse que o recorrente despejo de efluentes que poluem o Cértima “é um caso de saúde pública”, apelando a “maior empenho” da autarquia já que as denúncias têm ‘caído em saco roto’.
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