A resolução dos problemas causados pelo estado de assoreamento na “generalidade” dos portos e ancoradouros da pesca profissional e da náutica de recreio da Ria de Aveiro, levou dirigentes associativos a “apelar para a intervenção direta e urgente do Governo (…), à semelhança da decisão que foi tomada recentemente pelo Conselho de Ministros em relação ao Algarve”.
Tomada de posição divulgada após um encontro realizado em Ílhavo de Clubes e Associações Náuticas da Ria de Aveiro, em conjunto com a Associação da Pesca Artesanal da Região de Aveiro (APARA).
No âmbito de uma decisão do Conselho de Ministros publicada no dia 21 de agosto, o Governo autorizou a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) a realizar uma empreitada no valor de 6,9 milhões de euros para dragagem e manutenção dos portos do Algarve para o período de 2023/2026.
Para os associações náuticas e de pesca da Ria de Aveiro, “a dramática situação de assoreamento em que se encontram os portos e ancoradouros” da laguna usados tanto pela pesca profissional como epla náutica de recreio “só pode ser ultrapassada com a adoção de uma medida equivalente pelo Conselho de Ministros para a região”.
Por isso, decidiram subscrever “um pedido nesse sentido, que será transmitido nos próximos dias” ao gabinete do Primeiro-Ministro, com cópia aos autarcas dos municípios da Ria, à Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
Os 13 promotores do alerta lamentam, uma vez mais, que a recente obra de desassoreamento da Ria de Aveiro, cuja empreitada, tutelada pela Polis Litoral Ria de Aveiro, ultrapassou os 23 milhões de euros, tenha excluído a dragagem de portos de abrigo e ancoradouros da pesca e da náutica de recreio, carecendo, “por consequência, de um complemento que resolva um problema cuja solução há décadas vem sendo adiada.”
“Tal como em relação ao Algarve, a Ria de Aveiro é um território com fortíssimo impacto na economia regional e um elemento chave na promoção turística do Centro de Portugal, sendo a pesca e a náutica de recreio dois dos principais setores promotores de riqueza e bem-estar nos concelhos ribeirinhos, deles dependendo centenas de famílias que, direta ou indiretamente, se relacionam com aquelas atividades”, lembram as associações.
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