Assembleia Municipal de Aveiro / “Declaração de voto”: Dia da Cidade

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Edifício sede da Assembleia Municipal de Aveiro.
Natalim3

“Declaração de voto” – Espaço de opinião semanal das bancadas dos partidos representados na Assembleia Municipal de Aveiro.

  • Dia da Cidade (reflexão)

“Celebramos esta semana a Padroeira da Cidade, Santa Joana Princesa, o Feriado Municipal será assinalado de forma diferente, mas não menos relevante. E que melhor maneira de celebrar a Cidade, do que percorrendo os quatro cantos de Aveiro, inaugurando obras de relevante interesse, lançando projetos e apresentando estudos, concretizando o compromisso assumido com os Aveirenses e lançando as bases para um novo tempo.
Recentemente Aveiro, quatro anos antes do previsto, tornou-se a primeira “Câmara FAM” a sair do Programa de Ajustamento Municipal, permitindo a conquista da autonomia financeira, o reforço da credibilidade da autarquia e sobretudo o alcance do ratio desejado de equilíbrio financeiro, e tal deve-se à excelente gestão da Câmara, que permitiu alcançar os resultados financeiros desejados, sem nunca descuidar o investimento na melhoria da qualidade de vida dos munícipes, com obras em áreas essenciais como a saúde, a educação, a rede viária, a habitação social e ainda o combate sério e eficaz à Pandemia Covid 19 e aos seus efeitos nefastos.
É este novo Aveiro que também celebramos, um Aveiro equilibrado, com um desenvolvimento promovido por todo o concelho, sustentável , com as contas equilibradas, o cumprimento pontual e escrupuloso de todos os compromissos e moderno, conciliando a tradição e projetando-se como uma Cidade Europeia, que seguramente continuará a merecer distinções no plano nacional e internacional. Este também é o tempo de agradecer aos Aveirenses, o quererem mais e melhor para Aveiro, uma Cidade com uma “alma própria” tão bem personificada nas diferentes, mas todas notáveis personalidades aveirenses que no dia da Cidade serão justamente reconhecidas e condecoradas. Viva todos os que sentem e vivem Aveiro! Viva Aveiro!”. – Catarina Barreto (PSD)

“É habitual que um ato de comemorar nos remeta para momentos de reflexão sobre o percurso trilhado e sobre perspetivas relativamente ao que o futuro nos reserva. Vem, pois, este texto a propósito da comemoração de mais um Feriado Municipal, o qual todos os anos nos deve invariavelmente remeter para uma reflexão sobre o que é “ser de Aveiro” ou seja, sobre o “Aveirismo”.
Dotada de uma natureza ímpar e diversificada, de uma estrutura económica robustecida em termos de pescas, indústria, comércio e serviços, com uma Universidade jovem mas pujante de conhecimento e investigação, repleta de tradições culturais que chovem do céu como cavacas e rebuçados, plena de gentes e associações que personificam o que de melhor podemos encontrar, com uma projeção desportiva que nos remete para os deuses do Olimpo e com a ria a abraçar-nos e a envolver-nos com os seus tentáculos que se espalham até ao mar, assim é Aveiro…provavelmente uma das melhores regiões do País para viver (o provavelmente fica a dever-se apenas ao benefício da dúvida dado a todas as outras regiões que pensam legitimamente o mesmo sobre si)
Porém, nos últimos anos, a governação local tem sido pintalgada de negro e cinzento. Arribou em Aveiro um estilo e uma forma de estar que até então desconhecíamos. Eivado de arrogância, prepotência e desprezo pelos valores locais e com uma tentativa vã de encarnar valores que não os seus, o resultado só podia descambar numa abordagem sem alma e esburacada, ainda que materialmente repleta de betão e granito.
Mas como não há mal que sempre dure, é tempo olharmos para o futuro com esperança e acreditar que é possível mudar. Devolvendo aos aveirenses aquilo que é seu por direito conquistado: a liberdade! A liberdade de poder escolher, a liberdade de falar, a liberdade de serem escutados, a liberdade de poderem participar, a liberdade de viver num município onde sejam privilegiados valores como a inclusão, a solidariedade, a justiça, a educação, a saúde e a qualidade de vida que todos anseiam e merecem.
Para isso é preciso fazer as coisas com o sentimento que nos corre genuinamente na alma. Na alma de quem, com verdade, ama Aveiro e as suas gentes, as suas terras e as suas árvores, os seus jardins e as suas praças, as suas ruas e avenidas, os seus canais e a sua ria, os seus monumentos (ainda que desconhecidos) e a sua história, os seus atletas e artistas, os jovens e idosos… Na alma de quem acredita que a vida só vale a pena, se vivida com determinação, objetividade e ambição mas sobretudo com respeito por todos os cidadãos.
Viva Aveiro!”. – Francisco Picado (PS)

“O eleitoralismo não é crime. É só lamentável. Congestionar a cidade de todo o tipo de obras no último semestre do mandato, não é inédito; no dia da Cidade, sentimos a obrigação de recordar o que estão a fazer com ela; no dia da Cidade, queremos lembrar o desprezível atentado ao nosso Jardim do Rossio; no dia da Cidade desejamos reviver a oportunidade perdida que é a intervenção na Avenida Dr. Lourenço Peixinho, que em vez de se tornar em um local de permanência e de fruição da parte histórica da cidade, continuará a albergar automóveis e a ser um trajeto de passagem frenética; no dia da Cidade, gostaríamos de salientar o quão longe estamos de sermos realmente sustentáveis, com índices realmente reduzidos de emissão de dióxido de carbono per capita; no dia da cidade urge destacar o desprezo pelo parque arbóreo e áreas verdes; no dia da Cidade sentimos a necessidade de referir que a política de transportes e de mobilidade estagnou nos anos noventa; no dia da Cidade, é imperativo apontar o descalabro da política de habitação e o afastamento dos residentes em função da especulação imobiliária; no dia da Cidade, achamos importante lembrar que não se constroem cidades sem considerarmos as pessoas; no dia da Cidade, aproveitamos para dizer que o turismo é uma consequência do que somos enquanto comunidade e não um pretexto para edificar uma cidade espelho de outros locais; no dia da Cidade sentimos o ímpeto para despertarmos para o verdadeiro escrutínio e o olhar descomprometido sobre o que está a ser feito. No dia da Cidade, é inevitável concluir que Aveiro não é a mesma coisa sem a voz e a vida dos aveirenses.” – Rui Alvarenga (PAN)

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