Assembleia de Freguesia de Aradas ‘censurou’ executivo da Junta

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Junta de Freguesia de Aradas, Aveiro.
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A Assembleia de Freguesia de Aradas, em Aveiro, aprovou, em reunião extraordinária, uma ‘moção de censura’ à gestão do executivo liderado por Catarina Barreto (‘Aliança com Aveiro’).

A posição contou com oito votos a favor, sendo cinco do PS, dois de eleitos pela ‘Aliança por Aveiro’ que têm mantido uma postura crítica com a maioria em funções e um do independente António Mário. Cinco vogais votaram contra.

A moção de censura dá nota negativa na avaliação do trabalho do executivo, devido “a factos ocorridos no exercício deste mandato”, que o PS enuncia longamente pondo em causa a gestão da Junta.

O executivo “não reúne consensos, não consegue aprovar documentos”, a presidente “não soube assumir-se como líder tendo originado tendências diretamente no executivo e indiretamente na mesa da Assembleia que não prestigiaram os órgãos”, elementos da maioria renunciaram aos cargos” e dificuldades no acesso a documentos são algumas das queixas apresentadas.

Na ação da Junta, o PS lamenta a falta de reforço de verbas para apoios sociais, aos mais carenciados, às associações e coletividades da freguesia em tempo de pandemia Covid-19, entre outras carências locais.

Ler moção de censura ao executivo da Junta de Aradas.

“Desconhecimento total e completo da realidade” da freguesia, responde a maioria

Na resposta, a maioria PSD-CDS considerou que a moção de censura “é claramente demonstrativa do desconhecimento total e completo da realidade da vida da freguesia de Aradas e da gestão da Junta”, apresentando um balanço do mandato.

A equipa liderada por Catarina Barreto não poupa os vogais da coligação que têm estado ‘desalinhados’. Os dois eleitos da ‘Aliança com Aveiro’ que “em conluio, abandonaram o programa com quem se comprometeram”, apoiando a posição assumida pelo PS, fizeram-no “desonrando o compromisso que assumiram”, critica.

Segunda a maioria de direita, a moção está “repleta de faltas de verdades, num enredo falacioso e sem qualquer fundamentação, apenas visa mais uma vez, difamar o executivo da Junta de Freguesia e a mesa da assembleia.”

Discurso direto

“A bancada do Partido Socialista, não comparece nas cerimónias porque não o quer, porque não deseja participar ativa e positivamente na vida da Freguesia. Mas a falta de verdade, e o processo difamatório que a presente moção pretende levar a cabo, que se esquecem de referir, que a Presidente de Junta não exerce as suas funções em regime de exclusividade, apesar de legalmente o puder fazer se assim entendesse, também não sendo verdade que o vencimento reduzido a metade que recebe, por não se encontrar em exclusividade, seja suportado pelo orçamento da Freguesia, mas na integra pelo Orçamento do Estado, não constituindo um encargo para a Junta de Freguesia”;

“Da moção de censura resulta ainda que este executivo não presta o devido apoio ao Associativismo, ora nunca as Associações foram tão apoiadas monetariamente e logisticamente como no mandato que agora termina”;

“Também não corresponde à verdade, que o comércio local tenha sido esquecido em detrimento das grandes superfícies. Como é de conhecimento público existe atualmente uma campanha em vigor promovida pela Câmara Municipal de Aveiro – denominada – Compre no Comércio local”;

Ler defesa do executivo da Junta de Aradas à moção de censura do PS.

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