Assaltante violento queixa-se de ser vítima da má fama

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Palácio de Justiça, Aveiro.
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Um homem que começou a ser julgado no Tribunal de Aveiro por quatro roubos queixou-se de lhe serem imputados alguns dos crimes, porque é conhecido na zona onde vivia por ter antecedentes criminais.

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Atualmente detido a cumprir tempo de cadeia, o arguido ilibou a então companheira, que também se encontra em reclusão, à ordem de outros processos, da participação num dos roubos em que está acusada por co-autoria.  Os assaltos, que eram cometidos com recurso a violência, remontam a 2019 e 2020 na zona de Avanca, freguesia do concelho de Estarreja, tendo gerado insegurança entre a comunidade local.

Em causa, quatro roubos por esticão. O arguido assumiu parcialmente os factos imputados na acusação. Ainda assim, negou a autoria de roubo de uma viatura alegadamente levado a cabo junto de um restaurante, depois de agredir o condutor. O automóvel viria a ser abandonado em Lordelo. “Não tenho nada a ver com isto. Qualquer assalto que se fazia diziam que era eu”, declarou. Por isso, garantiu, estar inocente de um segundo roubo, neste caso da mala de uma senhora, por esticão, na via pública. “Passei no local à hora errada, pensaram que tivesse sido eu”, insistiu. Apesar de recuperado dinheiro e cartões de multibanco, a ofendida ficou sem um cheque que trazia consigo, de 400 euros, que foi destrocado por desconhecidos.

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Num dos outros roubos, o casal é acusado de ter agredido a “murros e pontapés” um homem que conheciam para se apoderarem da bicicleta em que seguia e do seu telemóvel. O arguido negou que tenha sido violento, afastando, também, o envolvimento da então companheira que o acompanhava. Explicou que se limitou a tirar a bicicleta, que tinha vendido por 50 euros ao ofendido, por falta de pagamento da mesma. A mulher acusada de ter participado no roubo negou.

O arguido responde por outro roubo ‘por esticão’ de que foi vítima uma mulher, quando saia da estação de comboios de Avanca, ao princípio da noite, ficando sem um fio de ouro avaliado em 500 euros, uma pulseira de prata de 300 euros e dinheiro (110 euros). “Vendi as peças e gastei tudo a comprar droga no Porto”, confessou, justificando os roubos com “uma fase má” em que estava dependente do consumo de droga (cocaína e heroína).

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