A A. Silva Matos (ASM), empresa do ramo da metalomecânica com sede em Sever do Vouga, alcançou avanços importantes no desenvolvimento de tecnologias de flutuabilidade para 4000 metros de profundidade, suportando uma pressão de sensivelmente 400bar.
O projeto Deepfloat, que juntou entidades do sistema científico e da Marinha, procurou criar soluções para a execução de trabalhos marítimos que não se encontra facilmente disponíveis atualmente.
“Este tipo de desenvolvimento tecnológico insere-se num nicho de mercado muito especifico e com grande utilidade e aplicação, sobretudo em mercados relacionados com prospeção de matérias primas, combustíveis fósseis e inspeção de infraestruturas subaquáticas”, explicou Claudia Matos Pinheiro, presidente do conselho de administração da A. Silva Matos citada num artigo da newsletter do Programa Compete 2020 que destaca a aposta do grupo severense especializado em construção de torres eólicas, incluindo offshore.
O projeto Deepfloat, um investimento elegível de 1,9 milhões de euros, foi cofinanciado no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico com um incentivo FEDER de 1,3 milhões de euros.
“De entre as tecnologias de flutuabilidade desenvolvidas, a de maior destaque foi um sistema dinâmico de variação de flutuabilidade compatível com funcionamento até 400bar. Este sistema permite variar a flutuabilidade do sistema robótico a transportar, gerindo, assim, a capacidade de subir e descer na coluna de água com baixo consumo de energia. Estes resultados com grande impacto na comunidade técnica na área de engenharia oceânica para mar profundo, tem grande potencial futuro”, adiantou a gestora.
A empresa envolveu no projeto como copromotores o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC TEC), o Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISP) e o Centro de Investigação Naval (CINAV).
Artigo relacionado
DeepFloat é o nome do projeto que visou criar um sistema inovador de variação de flutuação