Às voltas pelos parques da cidade de Aveiro

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Ponte de ligação da Baixa de Santo António ao parque Infante D. Pedro (Aveiro).
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Um roteiro à descoberta dos parques de Aveiro com passagens pelo Parque da Cidade – Jardim da Baixa de Santo António, Parque Infante D. Pedro, Parque dos Amores e Parque de Santiago, os principais espaços verdes de lazer do centro.

Por Cardoso Ferreira *

Tudo começou em 1861, quando o então presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Manuel Firmino Maia, converteu em “Passeio Público” a parte alta da cerca do antigo convento de Santo António, zona conhecida por “Campo de Santo António”. Mais tarde, em 1919, o Dr. Lourenço Peixinho, presidente do executivo municipal dessa época, comprou a parte baixa da antiga cerca conventual, na altura “Quinta de Santo António”, a Jacinto Agapito Rebocho. Após obras de adaptação, em 1927 foi inaugurado o parque que viria a ser designado por “Parque Infante D. Pedro”, o primeiro verdadeiro parque da cidade de Aveiro.
Nas últimas décadas do século XX surgiram o parque do Bairro de Santiago e o Jardim da Baixa de Santo António, este último, dando continuidade ao Parque Infante D. Pedro. Já no século XXI, os parques Infante D. Pedro e de Santiago ficaram unidos pelo Parque dos Amores.

O roteiro, em formato circular, pode ter início e termo num qualquer local do percurso. No entanto, optámos por partir do adro da capela dos Santos Mártires, junto à Fábrica Centro de Ciência Viva de Aveiro, uma das entradas do Jardim da Baixa de Santo António.
As escadas (entre a Fábrica e o bar-esplanada) conduzem ao caminho situado na zona alta do jardim, que segue anexo ao Bairro da Gulbenkian, com o qual comunica por diversos acessos, troço este que passa pela zona mais arborizada do Jardim.

Ao longo deste caminho, a viajante tem uma ampla visão do Jardim da Baixa de Santo António, um vale largo e pouco profundo, com extensos relvados, onde, na parte baixa, corre um estreito curso de água, que algumas represas alargam, formando pequenos “lagos”. Percursos transversais fazem a ligação entre as duas encostas.

A meia encosta, um outro trilho segue paralelo ao “rio” e ao caminho percorrido, e que passamos a percorrer uns metros mais adiante. Este segundo caminho está dotado com postes de iluminação, bancos e instrumentos para a prática de manutenção física. Mais adiante, próximo das instalações do Conservatório de Música de Aveiro, área onde o “rio” desaparece da superfície, há um parque infantil.

Uns metros volvidos, o caminhante é desafiado a percorrer a ponte metálica (e panorâmica) que cruza a Avenida Artur Ravara, fazendo a ligação do Jardim da Baixa de Santo António com o Parque Infante D. Pedro.

Parque Infante D. Pedro

Pela ponte panorâmica, a entrada no Parque Infante D. Pedro ocorre num espaço onde, em tempos, se situava uma enorme gaiola com aves (pavões, faisões e outras), a casa que era ocupada por macacos (daí, esta zona do parque ser conhecida por “Parque da Macaca”), e o polidesportivo descoberto.

Pela frente, o caminhante tem a larga alameda que ladeia o Hospital Infante D. Pedro (Hospital de Aveiro) e que conduzia a uma das entradas do antigo Estádio Mário Duarte (campo de futebol do Beira Mar). Ao longo desta alameda há diversos recantos para descanso e variados equipamentos para a prática de manutenção física.

Mas o caminhante prefere seguir pelo caminho mais longo e sinuoso, pelo que vira para a esquerda e, pouco depois, para a direita, em direção ao lago (que abastece o “rio” do Jardim da Baixa de Santo António), passando junto a um parque de merendas.
Uma pequena fonte antecede o lago. Se as águas do lago são habitadas por peixes, já a superfície e zonas adjacentes são procuradas por dezenas de patos, gaivotas e pombas.

Frente ao lago, a opção é pelo caminho ribeirinho do lado direito, cujo troço inicial ladeia uma “mata” de bambus. No final desta, o trilho passa sobre uma pequena ponte de pedra e, pouco depois, do lado esquerdo, surge a ponte de pedra que cruza o lago e que conduz diretamente à antiga “Casa de Chá” (atual sede da Orquestra Filarmonia das Beiras), enquanto à direita há um acesso à alameda. Deste mesmo lado, deparamos com mais um recanto artístico, a exemplo de outros espalhados por todo o parque.

Transporta uma pequena ponte, em madeira, do lado esquerdo parte uma ponte, também ela em madeira, que atravessa o lago para a margem oposta. Para a direita, um caminho dá ligação à alameda e ao “Estaleiro Teatral”, espaço da companhia “Efémero”.

Uns metros mais adiante, do lado esquerdo, um pequeno trilho conduz a um miradouro sobre o lago, com um banco decorado com painéis de azulejos. Nessa zona do lago ergue-se a casa dos patos e, na margem oposta, as antigas casas dos cisnes, aves estas que há muito deixaram estas águas. Do lado direito, no cimo da elevação, encontra-se uma pequena zona de merendas.

Pouco depois, cruza-se o caminho que circunda o Parque Infante D. Pedro, e entra-se no Parque dos Amores.

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Parque dos Amores

Este é o mais novo dos quatro parques que compõem o Parque da Cidade. Entramos nesta zona verde, ainda com arvoredo em fase de crescimento, pelo lado direito, junto ao local onde existiu o campo do Beira Mar.

Quase toda a área situada para a direita do caminho é ocupada por equipamentos desportivos, começando por equipamentos de manutenção física, seguindo-se um polidesportivo descoberto, campos de ténis, campo de desportos radicais e, no final, o moderno skate park. Na parte inicial do parque, do lado esquerdo, o caminho ladeia o lago (cujas águas seguem para o Parque Infante D. Pedro).

Pouco depois, o parque estreita, passando por entre moradias, onde cruza a Rua das Pombas. Uma pérgula (miradouro), e uma zona com bancos, antecedem a descida para a zona situada junto à Casa do Sustentabilidade, que antecede a Rua da Associação Humanitária dos Bombeiros Velhos, “fronteira” entre os parques dos Amores e de Santiago. De cada lado das escadas, encontram-se dois painéis de azulejos, da autoria do artista aveirense Rui Campos.

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Parque de Santiago

Cruzada a avenida que homenageia os Bombeiros Velhos e3ntra-se no Parque de Santiago, uma zona arborizada entre duas alas da urbanização de Santiago.

Ni pequeno adro que antecede a Capela de Santiago, templo que ocupa um antigo espaço de restauração, o viajante avança pelo caminho mais à direita. Ao longo deste, e também no trilho central, há bancos, equipamentos de manutenção física e peças decorativas com azulejos. No final do primeiro “talhão” do parque, curva-se para a esquerda, com o objetivo de transpor a artística ponte pedonal sobre a Rua de Oliveira de Azeméis.

No segundo “talhão” do parque, opta-se pelo caminho mais à direita, que contorna um polidesportivo descoberto, com relvado sintético. Pouco depois, junt6o a uma das entradas laterais do parque, surge uma zona de descanso, com uma escadaria, à esquerda, que sobe para a zona mais elevada do parque. De3sse mesmo lado fica um pequeno anfiteatro descoberto. Mais adiante, cruza-se um caminho pedonal que faz ligação entre as duas alas do bairro, após o qual surge mais um polidesportivo descoberto, um parque infantil e a Escola Básica de Santiago, estrutura que ocupa a área final do parque.

Regresso ao local de partida

O regresso ao adro da capela faz-se pelo lado oposto, Uma pérgula e uma área de descanso ocupam a zona elevada e central do parque.

Entra-se no Parque dos Amores pela rampa pedonal, seguindo pelo caninho central até ao início do lago, onde se opta pelo caminho da direita, que passa junto a uma pérgula, a uma área de descanso e a um parque infantil, espaço que faz a transição pata o Parque Infante D. Pedro.

No Parque Infante D. Pedro, o caminhante escolhe o caminho junto ao lago. Após o parque de merendas, situado logo no início deste trilho, do alto esquerdo uma escadaria conduz à zona alta, enquanto à esquerda fica um miradouro. Continua-se pela margem do lago até ao trilho que, do lado direito, segue para a antiga Casa de Chá. Aqui, pode-se seguir pela margem do lago ou, em alternativa, pelo arruamento que ladeia a casa. No entanto, o viajante preferiu subir as escadas situadas à direita com o objetivo de visitar a zona mais elevada do parque.

Do lado direito, ergue-se o conjunto monumental formado pela igreja de Santo António, capela de S. Francisco e casa do despacho.

O antigo depósito de água e as instalações sanitárias limitam o antigo passeio público, no centro do qual está o coreto que é o marco da arte nova em Aveiro. Próximo, o monumento homenageia o aveirense Jaime Magalhães Lima.

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Entre o coreto e este monumento, vira-se à esquerda, em direção à enorme pérgula / varanda que separa as zonas alta e baixa do parque.

Desce-se pela escadaria decorada com artísticos painéis de azulejos. Sob o patamar da escadaria encontra-se uma gruta co9m estalactites e estalagmites artificiais.

De seguida, curva-se para a direita com o objetivo de regressar ao Jardim da Baixa de Santo António, que se percorre pelo caminho situado do lado direito que ladeia o lago ( à esquerda) e do lado direito contorna vários recintos para a prática de ténis e de paddel. Ao longo do caminho há vários equipamentos de manutenção física e bancos.

Na parte final do jardim, segue-se pelo caminho à esquerda. Após ladear o bar e esplanada, o itinerário termina no adro da capela dos Santos Mártires.

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* https://www.facebook.com/manuel.cardosoferreira.5

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