Aveiro / Apoios municipais: PS insiste em critérios e Conselho Municipal para Associativismo

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Aveiro, Paços de Concelho.

No dia seguinte à assinatura de contratos com as coletividades desportivas, a concelhia do PS de Aveiro vem insistir na necessidade de estabelecer regras na atribuição dos apoios municipais, bem como de outras iniciativas camarárias.

Sem colocar em causa os subsídios, os socialistas reafirmam posições assumidas quando se discutem ajudas financeiras.

“Em tempos difíceis, como são estes de pandemia, todo o apoio é necessário, porque também é sempre pouco para o muito que os dirigentes associativos e colaboradores assumem nas atividades, na manutenção de equipamentos e estruturas, em recursos humanos, etc.”, lembra a nota de imprensa do PS.

“Os números financeiros de apoio são, por isso, pouco relevantes para a situação. Contudo, mesmo em tempos excecionais, exigiam-se critérios claros na atribuição de apoios. E é fundamental, sem pressões ou agendas eleitoralistas, sem truques caciqueiros, criar envolvência dos dirigentes na participação das decisões, no diagnóstico da realidade, na abrangência de resultados que cada associação atinge e beneficia a todos”, defendem os socialistas.

Para a concelhia liderada pelo vereador Manuel Oliveira de Sousa “é determinante saber os números dos apoios, cruzando resultados, utentes, praticantes, públicos, impactos, produtos, etc., etc.”. Por isso, o PS lembra que “defendeu sempre um Conselho Municipal para o Associativismo, onde as associações em conjunto, tivessem um papel determinante na definição dos critérios de atribuição do apoio, cujo montante global seria definido pela Câmara”.

A coligação PSD-CDS à frente da Câmara anunciou apoios recorde às associações desportivas, mas o PS faz a sua interpretação. “Os apoios não são esmolas; são dinheiro público, de gestão privada ou de gestão pública. Portanto, são atos públicos, portanto, políticos. E quando os gráficos apontam subidas astronómicas (nas quantias e/ou no número dos abrangidos) à medida que chega o final dos mandatos só se pode dizer uma de duas coisas: ou o diagnóstico foi mal feito, ou os responsáveis e as instituições não foram ouvidas devidamente; ou há tentativa de ludibriar quem recebe e a opinião pública (quando a esmola é grande, o pobre desconfia) . É incorreto, seja em Aveiro seja noutro lugar qualquer!”, sustenta o PS, exigindo “transparência, verdade, equidade e justiça”.

Discurso direto

“As associações, em qualquer domínio/objeto de atividade, trabalham diariamente em anos sucessivos, assumindo responsabilidades excecionais (de desenvolvimento social, desportivo, cultural, patrimonial, etc), gerando por um lado participação plural entre pares (sócios), onde cada um descobre modelos de proximidade; suplantando lacunas onde as estruturas governativas não chegam; e, em terceiro, originando laboratórios de criatividade e inovação.”

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