Antigo bancário de Estarreja assume desfalque que passou 460 mil euros

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Tribunal de Aveiro.

Um ex bancário de 46 anos começou hoje a ser julgado por no Tribunal de Aveiro por desfalque de 463 mil euros do balcão do antigo Banif onde trabalhava, em Estarreja.

Em causa estão seis crimes: furto qualificado (1), falsificação de documento (1), falsidade informática agravado (1), acesso ilegítimo (1), abuso de confiança qualificado (1) e ainda de branqueamento de capitais.

Nas disposições introdutórias, o advogado de defesa informou o coletivo que o arguido iria confessar “parte significativa dos factos”, excepto os que considera estarem “incorretamente imputados”.

Além disso, foram apontadas “dúvidas jurídicas” em relação à acusação, nomeadamente a imputação de crimes de furto e abuso para os mesmos factos, assim como o crime de falsidade informática. Sobre a imputação de branquemento de capitais, o advogado mostrou-se convicto que em “caso algum” tal sucedeu.

O arguido irá mostrar-se “profundamente arrependido” e dar conta que a sua vida pessoal e social ficou “destruída”, tendo sido obrigado a divorciar-se pela mulher.

Garantirá, ainda, que não teve benefício pessoal do desfalque. Não ficou com dinheiro nem tem bens, e os que possui estão à venda.

Atualmente, o ex bancário vive com os pais e tem um “pequeno” negócio de bebidas.

Entre fevereiro de 2012 e janeiro de 2015, o arguido, na altura gestor de contas e aplicações, ter-se-á apropriado de quantias depositadas ou que lhe eram entregues por clientes.

Depois, efetuou depósitos não autorizados, sempre cobrindo informaticamente tais operações, fazendo circular aqueles montantes até contas de destino tituladas por familiares seus ou outros clientes. Emitia, também, cartões bancário realizar diversas operações.

O montante desviado foi posteriormente pago aos lesados pela instituição bancária.

A investigação resultou de uma denúncia do próprio banco, tendo sido identificados dezenas de lesados, entre os quais estão alguns familiares do arguido.

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