Ano “Virusal”

1850
Fonte Nova, Aveiro. Foto de José Dinis.
Natalim3

Vivemos tempos novos e novas aprendizagens. Não seremos e não devemos ser mais os mesmos! Não teremos os mesmos costumes nem as mesmas rotinas. Somos pois convidados a adaptarmo-nos a este desafio “virusal”, que veio para ficar, até se encontrar a celebre vacina.

Por Ângela Almeida *

De repente chegámos a meio do ano e que ano! Com a celebração do carnaval o ano ficou em suspenso, como à espera de uma nova cena, como que ansiando um novo amanhecer…Não saboreámos o aroma da Primavera, nem as amêndoas da Páscoa nem os cheiros dos Santos Populares!

As festas e romarias não se realizaram e apesar do desconfinamento, o Vírus continua por aqui a fazer das suas. Continuamos mascarados como se tivéssemos parado no tempo de Carnaval, sem daí avançarmos.

Apesar da vida suspensa, na realidade o tempo foi passando e chegámos como por magia a meio do ano! Tanta coisa por fazer… aquele beijo, aquela conversa, aquela visita, aquele abraço, aquela festa, aquele trabalho, aquele projecto… Enfim, tantas e tantas coisas suspensas, na agenda que vamos abrindo, desconfinando com lentidão e precaução. Mas a Vida, essa foi acontecendo e em cada canto vai desabrochando como uma flor.

Vivemos tempos novos e novas aprendizagens. Não seremos e não devemos ser mais os mesmos! Não teremos os mesmos costumes nem as mesmas rotinas. Somos pois convidados a adaptarmo-nos a este desafio “virusal”, que veio para ficar, até se encontrar a celebre vacina.

Não, o vírus não passou como o tempo! Está no meio de nós e apesar de não o vermos, continua a fazer das suas. Não tenhamos dúvidas! Para alguns tudo isto parece irrelevante! Parece que não aprendemos nada com toda esta Pandemia. Tantos sacrifícios, tantas conversas inacabadas, tantas horas de solidão, para agora por causa de alguns iluminados, eu diria irresponsáveis, deitarmos tudo a perder.

Estamos todos ansiosos por voltarmos a abraçar-nos, mas temos de ter calma e ser ponderados. Só é necessário um pouco mais de precaução e empenho e vamos todos, realmente ficar bem! Portugal e os Portugueses já deram provas de que são capazes de se unirem por um objectivo comum.

Continuemos prudentes e disciplinados. Desconfinemos devagar e sem exageros! Sem medos mas com precauções, façamos as nossas caminhadas e passeios higiénicos, tomemos o nosso café com devido distanciamento e respeito pelos outros. Apreciemos a paisagem, tenhamos as nossas conversas com a máscara e protecção, nos nossos empregos sejamos cautelosos por nós e pelos outros!

Lentamente, temos de voltar à vida e á dinâmica diária, Portugal precisa e não aguentará um novo confinamento.

Sejamos responsáveis por Nós, pelos Outros e por Portugal!

Ângela Almeida.

Presidente da Junta de Freguesia de Esgueira (PSD-CDS).