O PS Estarreja está ao lado do desenvolvimento e do futuro, desde que o presente seja respeitado.
A alta velocidade é um desígnio europeu, sendo parte integrante da estratégia de mobilidade sustentável e inteligente da União Europeia.
O projeto da alta velocidade foi lançado pelo governo de Durão Barroso e Paulo Portas em 2003, sendo Ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite. O projeto foi continuado pelo Governo de José Sócrates e o traçado já podia ter começado a ser discutido em 2008, porque já então o projeto incluía o atravessamento do território do concelho. Entretanto, o projeto foi interrompido pela crise da dívida e retomado mais tarde, até chegarmos a 2021, data em que foi dado conhecimento publico dos traçados. Entre 2021 e 2023, os eleitos locais concelhios do PSD optaram por negar a evidência. Agora, desde há meia dúzia de dias, a reboque do movimento de cidadãos, decidiram dizer que estão “ao lado da população”.
Estar ao lado da população é, no nosso entender, lutar pelos interesses da comunidade, enquanto há margem de manobra para negociações.
Os autarcas têm obrigação de antecipar o futuro. Alguns fazem-no e, por isso, conseguiram minorar vários prejuízos previsto para as suas terras com a passagem da alta velocidade. Outros acordaram agora, ao fim de 15 anos. Estão, por isso, “ao lado da população” há 8 dias.
O PS Estarreja entende perfeitamente o sentimento das pessoas que veem os seus bens e a sua vida prejudicada por projetos de obras públicas.
Ao longo da história foi sempre isso que aconteceu, desde a passagem da linha do Norte (há quase 140 anos), a A1 (há perto de 30 anos) ou a A29 (há 14 anos) e será assim em outras obras futuras. Por isso, os interesses do município já deviam ter começado a ser protegidos há muito.
Diz-nos a história, também, que depois da obra estar pronta, ninguém mais falará nisso e passará a ser um fator de atratividade como são hoje os casos da A1 e da A29 para o concelho de Estarreja.
O que é que o PS teria feito de diferente?
Teria, desde logo, lutado para que fosse construída em Canelas a estação da alta velocidade, sem qualquer ramal de ligação impactante a Aveiro, como o que está previsto.
De facto, se a estação já está prevista para quando for construída a ligação entre o Porto de Aveiro e Espanha, já poderia ser construída agora, o que evitaria que a ligação a Aveiro tivesse o impacto que qualquer dos traçados previstos terá no território de Canelas.
As pessoas que, mesmo assim, fossem afetadas, teriam de ser indemnizadas e totalmente ressarcidas do seu prejuízo.
Connosco, Estarreja cresceria a partir de Canelas, como tem acontecido em diversos locais que têm uma estação de alta-velocidade, por essa europa fora, onde esta realidade existe há já vários anos.
O desenvolvimento tem de ser encarado com normalidade e exigência, porque estamos no Seculo XXI e estamos inseridos em estratégias europeias de desenvolvimento económico, social e ambiental. Não queremos ser o país pobre e isolado de outros tempos de má memória.
Terminamos como começamos: O PS Estarreja está ao lado do desenvolvimento e do futuro, desde que o presente seja respeitado. E o presente são as pessoas afetadas por esta infraestrutura, que têm de ser integralmente ressarcidas de todo e qualquer prejuízo que possam sofrer.
Mais do que enveredar por populismos estéreis, é tempo de continuar a lutar pelas condições de todos os que vão sofrer os prejuízos decorrentes desta obra pública: o município no seu todo e as pessoas.
Assumir essa luta é que é estar ao lado das pessoas, do município e do futuro.
Assim, e em resumo, o PS Estarreja defende:
– O ressarcimento integral dos prejuízos causados às pessoas e ao município;
– O traçado que cause o menor impacto negativo no concelho como um todo;
– A construção da Estação de Alta-Velocidade em Canelas ou no sul do município, que já está prevista para quando for construída a futura ligação Porto de Aveiro a Espanha-
Em consequência, ser dispensada a construção do ramal atualmente previsto de ligação à estação de Aveiro nos termos hoje em discussão.
PS de Estarreja
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