10 projetos selecionados à partida, em Março passado. Todos ‘cortaram a meta’, três meses depois. Um “encontro improvável” que juntou seis dezenas de pessoas, incluindo residentes locais.
“Não é nada normal, foi surpreendente. O grande receio era que fosse de gente da cidade que viesse usar do bairro, mas todas as iniciativas envolveram moradores. Metade dos projetos são de proponentes do bairro ”, afirmou José Carlos Mota, um dos promotores do Laboratório Cívico (Lab Cívico) de Santiago, pioneiro em Portugal.
O encerramento das atividades, este domingo, aconteceu com um almoço comunitário não por acaso no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Reportagem áudio do almoço comunitário em Santiago a fechar o Lab Cívico
O Presidente da República também foi convidado, mas os afazeres do feriado ocuparam-no em outras atividades. Marcelo Rebelo de Sousa respondeu com um incentivo, lembrando que ao fazer trabalho cívico, os promotores também estarão a celebrar Portugal com os valores da solidariedade, do voluntariado e da inclusão, como se lê na carta enviada.
“A consciência que fica de Santiago, com todas as suas dificuldades, é de um bairro riquíssimo culturalmente. Tudo isto teve a ver com algumas histórias dolorosas, mas agora fala-se de forma aberta. De uma forma muito subtil, fomos abrindo o coração do bairro com muito mérito dos colaboradores”, destacou o investigador da Universidade de Aveiro (UA), que contou com a ajuda de um grupo de alunos.
O Lab Cívico ficará à espera de continuidade, com outro tipo de meios que não se limitem a voluntários. “Tudo isto foi sem apoios públicos e com alguns apoios institucionais, como da Florinhas do Vouga e da escola. Ativámos também algumas ancora locais”, concluiu José Carlos Mota.
Entrevista / balanço áudio sobre o Lab Cívico com José Carlos Mota (completo)
Projeto “Fotojornalismo na redação Santiago” – entrevista áudio a Adriano Miranda
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