O trabalho, e os resultados já alcançados, na “transformação digital” da cidade de Aveiro nos últimos dois anos, que ganhou forma e conteúdo sob a designação ‘Aveiro Tech City’, a ‘reboque’, em grande medida, mas não só, do programa ‘Aveiro Steam City’ (de onde vieram 6,1 milhões dos 9 milhões de euros de investimento total), dão boas perspetivas de fazer ‘vingar’ novas candidaturas para dar continuidade às diversas ações, que vão da educação, à formação, passando pelo empreendedorismo tecnológico e até atividades culturais.
O ‘cartão de visita’ da cidade, além do portefólio de atividades, apresentado já em jeito de balanço, por entrar no último ano de execução, ficou, no final de janeiro passado, mais composto com o diploma de “reconhecimento” internacional atribuído pelo Centro de Tecnologia e Empreendedorismo de Harvard, da conceituada Universidade de Harvard (EUA), que distinguiu Aveiro na categoria ”Prémio Inovação no envolvimento comunitário’, que habitualmente acaba arrebatado por grandes cidades mundiais, atribuído na terceira edição dos ‘Annual City Innovation and Innovator Awards’.
A distinção acaba por ir ao encontro do que tem sido a prioridade municipal nestes programas que procurar construir as chamadas ‘Cidades inteligentes’ (‘Smart cities’), como explicou o presidente da Câmara aveirense. “Obviamente que é tudo muito importante, os centros de investigação da universidade, de empresas como a Altice, todo esse mundo de especialistas, mas a grande questão aqui é levar tudo isto para a vida da comunidade e trazer a comunidade para capacitar-se, viver, neste mundo novo que vai crescendo. Quisemos ter esta orientação bem implantada nos vários projetos do ‘Aveiro Tech City’, obviamente com um lugar especial para o ‘Aveiro Steam City’, que nos leva num concurso em que os prémios, em regra, são para as grandes cidades do mundo, a ter este reconhecimento”, explicou o edil ao final da manhã desta quinta-feira num encontro de balanço de atividades.
O “mérito” resulta, segundo exemplificou o edil, do “envolvimento comunitário” nas diversas ações, desde a educação, com a participação das escolas, passando pela formação, com uma série de iniciativas abertas ao tecido empresarial, os “desafios” lançados para Investigação & Desenvolvimento (I&D) de “processos e produtos” que deram origem a ‘projetos piloto’, ou ainda o Orçamento Participativo com Ação Direta (OPAD).
“Nós como município inovador, com boa história de empreendedorismo, queremos estar na linha da frente. O diploma atribuído é mais um estímulo para prosseguirmos este processo do ‘Aveiro Tech City’, lembrando que ‘Tech’ também surge referenciado na nossa candidatura a capital europeia da Cultura”, lembrou ainda Ribau Esteves.
Consultar apresentação do Aveiro Tech City
A autarquia dá como garantidos “projetos de continuidade e aprofundamento dos objetivos” a candidatar a fundos do Governo português para a chamada ‘transição digital’ ou aos apoios disponibilizados pela Comissão Europeia, como já aconteceu no lançamento do ‘Aveiro Steam City’. “As oportunidades de financiamento vão ser maiores ainda do que foram até agora, mesmo tirando o excecional Plano de Recuperação e Resiliência”, adiantou o presidente do municipal, lembrando que Aveiro tem “uma avaliação de desempenho muito alta” por parte das autoridades gestoras dos programas financiadores, como o Urban Innovative Actions. “Ficamos com candidatura próxima valorizada pelo histórico bom, é uma base fundamental para aceder a mais financiamentos”, concluiu.
Mais informação no comunicado da Câmara com balanço do Aveiro Tech City.