A coligação ‘Aliança com Aveiro’ (PSD-CDS-PPM) venceu com maioria absoluta as eleições intercalares para a Junta de Freguesia de São Jacinto realizadas este domingo com uma lista liderada por Arlindo Tavares, que conquista a presidência à terceira candidatura, garantindo o ‘pleno’ para a direita nas 10 freguesias do concelho de Aveiro.
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Aliança com Aveiro (PSD-CDS-PP-PPM) – 240 votos (4 mandatos)
Partido Socialista – 165 votos (2 mandatos)
CDU (PCP-PEV) – 86 votos (1 mandato)
CHEGA – 2 votos
Brancos – 3 votos
Nulos – 4 votos
Total de votantes: 500 (828 recenseados).
Nas eleições autárquicas de 2021, que contaram com 567 votantes (em 851 recenseados), o PS-PAN venceu com 42,3 % (240 votos), conseguindo três mandatos. Seguiu-se a coligação PSD-CDS-PPM com 37,2 % (211 votos) também com três mandatos e a CDU teve o último eleito com 17,9 % (102 votos). O Chega contou apenas com um voto nas eleições de setembro do ano passado.
“Estamos encarregues de resolver os problemas da Junta, nomeadamente financeiro” – Arlindo Tavares, novo presidente da Junta
À terceira tentativa, Arlindo tavares foi mesmo eleito presidente. A ‘Aliança’ venceu as eleições em S. Jacinto consciente do que a população espera nos próximos três anos. “Foi-nos colocada uma responsabilidade nas nossas mãos: estamos encarregues de resolver os problemas da Junta, nomeadamente financeiro”, afirmou o sucessor de António Aguiar, esperando “criar condições para entrar nos carris e fazer melhor o seu trabalho”. No imediato, a nova maioria quer verificar as contas e conhecer “a real dívida”. Posto isto, serão tomadas medidas que a “médio e longo prazo a Junta permitam “acabar com a má fama que tem” e, também, “começar a trabalhar, o mais rápido possível, na verdadeira função da Junta em favor da população, colocando em prática o nosso programa eleitoral”, explicou Arlindo Tavares, que deixou outro compromisso: os residentes serão informados ‘passo a passo’ do que se passa na Junta.
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Candidato do PS não entra na discussão dos “porquês”
O PS deixa de governar a única Junta que tinha resistido à ‘Aliança’ nas últimas eleições, passando aos lugares da oposição, onde continua o eleito comunista. Sobre a viragem ocorrida, Ferreira Leite, que encabeçou a lista do PS, disse que, não tendo ligação partidária, nem passado autárquico, não lhe é fácil analisar “os porquês” do resultado. “Para mim foi simples, a maioria da população escolheu a ‘Aliança’, portanto está tratado”. Qualquer que fosse o desfecho, o candidato mantém a convicção que a solução de grande parte dos problemas da Junta “passaria sempre pela Câmara. Mas com a vitória da ‘Aliança’ “pode haver é um diálogo mais fácil”, admitiu, esperando que a estabilidade possa, também, “trazer uma perspetiva de desenvolvimento para a freguesia”.
António Nabais (CDU) espera que “quem ganhou cumpra o que se propôs fazer”
“Foi a vontade popular, está decidido. Esperamos que quem ganhou cumpra o que se propôs fazer”. António Nabais, da CDU, mantém-se como eleito na Junta de Freguesia, garantindo irá cumprir o mandato “como sempre em defesa dos direitos e interesses da população, portanto, “sem abdicar” do que tem reclamado para São Jacinto.
Ricardo Lemos, candidato do Chega, que contou com apenas dois votantes (mais um do que 2021), felicitou a vitória da coligação. “É tempo de dar a São Jacinto paz e contas certas”, disse, registando que os cidadãos locais assumiram que “o socialismo não é o caminho”. Sobre os resultados da sua lista, concluiu que São Jacinto “ainda não está pronto para mudar”, garantindo que o Chega continuará atento à freguesia.
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