Alberto Souto aposta em “medidas imediatas” para habitação e outras propostas consensuais mesmo no PSD

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Debate sobre habitação organizado pela candidatura de Alberto Souto de Miranda (PS de Aveiro).

Alberto Souto propõe-se reconstruir a política habitacional do município aveirense se assumir a presidência nas eleições autárquicas.

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A habitação esteve em foco no primeiro encontro temático da candidatura “Um futuro com todos”, que já tinha avançado com diversas medidas para responder à procura de casas e residências estudantis mais acessíveis.

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No final do debate, este sábado, que contou com a aveirense Ana de Campos Cruz, ex-Diretora de Gestão do Norte do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), e Aitor Varea Oro, Investigador no Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), o candidato do PS reafirmou que são necessárias “soluções para diferentes problemas” rapidamente.

“O que chamei a atenção hoje é que, durante o tempo que demorar a construir casas novas, devemos ter soluções de curto prazo. Por exemplo, a Câmara arrendar para sub arrendar e suportar o custo social ou colocar no mercado imediatamente apartamentos que estejam disponíveis”, referiu Alberto Souto.

O Programa 1º Direito, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tem alavancado investimentos locais, “mas em Aveiro é um bocadinho pior, porque não se aprovou Estratégia Local de Habitação (ELH) para aceder a financiamentos e construir nos terrenos da Câmara, que, de resto, estão a ser vendidos”, lamentou, estranhando “como é que o PSD se sente confortável com uma política destas, com total insensibilidade social”.

“Cada pedido é uma urgência. Isto não é uma deriva esquerdista, há inúmeras Câmaras do PSD a construir com PRR. Trata-se de sensibilidade social”, sublinhou, alertando, ainda, para a necessidade de um entendimento entre IHRU e Câmara “para recuperar” os fogos ainda sem obras.

Sem pôr em causa os projetos a custos controlados, Alberto Souto ressalvou que “não pode ser o único instrumento”, porque “não resolve o problema das pessoas mais vulneráveis”. Garantiu, ainda, que, se voltar à Câmara, “não haverá mais bairros sociais”, sendo favorável a “construções de qualidade e dispersa por todo o território”. Reabrir casas devolutas nas freguesias também pode ajudar, “desde que existam transportes adequados” ou “incentivar o alojamento local a transferir-se para o arrendamento”.

“Podemos também aproveitar imóveis do Estado. Temos boas ideias. Outra seria permutar terrenos camarários com privados, não especulando terrenos. A construção demora tempo, tempos de ter medidas imediatas”, insistiu.

“Estou a reencontrar entusiasmo,  está a ser muito gratificante”

Entusiasmado com o arranque da candidatura, Alberto Souto diz que tem sido “muito gratificante” encontrar pessoas que “valorizam” a obra dos seus mandatos e já se habituou a ter como principal adversário o irmão Luís Souto, esperando pelas suas ideias. Quanto às suas, antecipa que serão consensuais para muitos dos aveirenses. Um desfecho eleitoral com executivo PS em maioria relativa não é preocupação.

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