Os vereadores do PSD na Câmara de Albergaria-A-Velha alertaram, uma vez mais, para o “crescimento galopante” da despesa corrente previsto no orçamento municipal para 2023, mesmo tendo em conta o “escalar” da inflação, “inversamente proporcional ao investimento”.
O nível de endividamento coloca, também, o município “exposto às subidas das taxas de juro”, prevendo-se que os custos do serviço da dívida em 2023 seja sete vezes mais do que em março de 2022.
O equilíbrio orçamental exigido por lei acaba por ser alcançado com os saldos do exercício de 2022, devido a receitas de capital angariadas, nomeadamente com a alienação de terrenos na zona industrial.
O PSD optou pela abstenção com a garantir de manter “uma vigilância ativa” sobre a execução orçamental.
Sobre o plano de atividades, os eleitos sociais democratas Pedro Araújo e Pedro Pintor não deixaram de notar que “o parque da cidade é para ficar esquecido”, uma vez que permanecerá “sem verba substancial”.
“Gestão financeira sustentada”
O orçamento aprovado pela maioria CDS têm um montante de 28,6 milhões de euros.
A maioria a que preside António Loureiro garante “uma gestão financeira sustentada” com diferentes fontes de financiamento de vários investimentos previstos, desde a transferência de verbas de fundos europeus e da delegação de competências na saúde e habitação, passando pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e alguns, também, através de empréstimos bancários.
A expansão da zona industrial irá receber investimentos superiores a 3,7 milhões de euros, a continuidade da requalificação do parque escolar com a criação de “ambientes educadores inovadores”, bem como da requalificação do centro de saúde e nova extenção de saúde USF Beira Vouga fazem parte das GOP.
A Câmara prevê em 2023 lançar “importantes concursos” para um pacote de poromoção de habitação social orçado em 7 milhões de euros, iniciar a requalificação da estação ferroviária e “priorizar” a aquisição de terrenos para o futuro parque da cidade. 2023 será o ano da inauguração do centro municipal de proteção civil e a entrada em atividade o centro de recolha de animais.
A redução da carga fiscal que tem vindo a ocorrer, segundo a maioria CDS, deixou “do lado das famílias e empresas mais de 9,5 milhões de euros” nos últimos anos.
Discurso direto
“As propostas de Grandes Opções do Plano (GOP) e de Orçamento “configuram instrumentos para uma gestão rigorosa, transparente e prudente, na perspetiva de manter a solidez financeira: criar condições para alcançar a qualidade de vida dos munícipes, apoiar novos investimentos no concelho, assegurar a preparação dos serviços para resposta aos desafios que se colocam aos municípios atualmente” – Maioria CDS liderada por António Loureiro.
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