A Assembleia Municipal (AM) de Aveiro aprovou, ontem à noite, um acerto de contas com a concessionária dos transportes públicos AveiroBus, que prevê pagamentos de 170 mil euros a título de correções de cálculos financeiros, ajustamentos e acertos por serviços prestados.
A oposição votou contra. Filipe Guerra, do PCP, considera que ficam em causa “o ganho financeiro” que a autarquia pretendia obter com o recurso a privados.
“É menos serviço por mais dinheiro”, criticou por sua vez Rita Batista, do Bloco de Esquerda.
Para Francisco Picado, da bancada do PS, “os acertos começaram muito cedo” com situações que “deviam ter sido acauteladas”, esperando que “seja demonstrado” que tem reflexos na melhoria da qualidade do serviço.
O presidente da Câmara adiantou que o “ganho financeiro” da concessão que entrou em vigor no início de 2017 passa de 1,2 milhões para “o patamar do milhão de euros” anual com este acerto de pagamentos ao privado que decorre da falta de informação sobre os transportes e a existência de carreiras que estavam já por conta da Transdev.
A autarquia tinha um prejuízo superior a dois milhões de euros com a atividade da empresa municipal MoveAveiro.
Ribau Esteves garantiu que a AveiroBus “hoje opera com qualidade”, desvalorizando os encargos com a adenda ao contrato.
Outras mudanças decorrentes da prestação do serviço poderão ser introduzidas no acordo, por exemplo se forem mexidas linhas de autocarros. A falta de adesão aos transportes em Aradas é um dos casos em estudo.
O edil adiantou, ainda, que foi dada “prioridade” à preparação da compra de um ferry elétrico atendendo a mais uma “grave” avaria sofrida pelo ferry em atividade, que o colocará fora de serviço duas semanas.