O município de Águeda encomendou o levantamento de partituras, guiões, gravações e demais materiais relacionados com a produção criativa de autores loais, das áreas da música, poesia e dramaturgia, que tiveram relevo na atividade cultural nos séculos XIX e XX.
O projeto designado “Águeda Vintage”, que ficará acessível numa plataforma digital, irá recolher trabalhos de autores como Fernando Caldeira, Adolfo Portela e Pedro Homem de Mello.
A recolha do espólio foi entregue à empresa Memórias Genuínas – Actividades Culturais.
A encomenda prevê, também, apresentar um espetáculo multidisciplinar a ter lugar no Centro de Artes de Águeda.
Com orientação e direção artística de Rogério Fernandes, o projeto tem um orçamento global estimado de 122.300 euros, contando com um apoio de 22.500 euros da Câmara de Águeda e da Direção-Geral das Artes.
Discurso direto
“Estes autores são algumas das referência culturais de Águeda e que demonstram a profusão artística deste concelho em áreas tão distintas como a música, a literatura ou o teatro. Águeda pretende ser cada vez mais reconhecido como um concelho produtor de cultura” – Elsa Corga, vereadora da Cultura.
Espólio a recuperar e divulgar
» O “Águeda Vintage” vai ser desenvolvido em três fases consecutivas, englobando a pesquisa, identificação e recolha de materiais; a inventariação, seleção de materiais e conceção de uma plataforma digital, bem como a criação artística e formação de um espetáculo performativo; e ainda a edição de um repositório de criação musical e dramatúrgico de autores aguedenses;
» Entre o espólio a recuperar e divulgar figuram obras de Fernando Caldeira (1841-1894), que dedicou largos anos à criação musical e dramatúrgica, com apresentação regular das suas obras no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa; de Adolfo Portela (1866-1923), que desenvolveu uma grande produção criativa de música e literatura, tendo sido coautor de “Toadas da Nossa Terra”, livro oficial de introdução do canto no Ensino primário em todo o país; e de Pedro Homem de Mello (1904-1984), que entre outras áreas, foi autor de poemas do cancioneiro nacional como “Povo que lavas no rio”, “O rapaz da camisola verde” ou “Havemos de ir a Havana”;
» O “Águeda Vintage” pretende ainda envolver as comunidades artística, académica e associativa em torno destas obras que irão ser resgatadas, com a realização de tertúlias e espaços de debate; a formação de jovens estudantes das áreas da música e do teatro; e a realização de ações de formação dirigidas ao tecido artístico local.
