Águeda vai ficando para trás

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Paços de Concelho de Águeda.

A cada ano que passa, Águeda vai ficando para trás, pois por muita atracção ocasional que possa proporcionar, temos perdido habitantes! Significa que é positivo vir a Águeda, mas não somos atractivos a ponto de atrair novos residentes!

Por Antero Almeida *

Diz o adágio que a definição de insanidade é continuar a fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.

Águeda vive tempos estranhos!

Um concelho repleto de gente trabalhadora, dinâmica e empreendedora, perdeu nos últimos anos massa crítica, muito por culpa do poder instalado que pura e simplesmente não sabe ouvir uma crítica, por muito construtiva que seja, um reparo num procedimento errado, uma denúncia numa situação que estava escondida e é tornada pública.

Desde quando é proibido pensar em Águeda?

Está terminamente proibido o pensar diferente do poder instalado, sob pena de haver acusações imediatas dos cartilheiros do regime, de traição à pátria! O clima de medo e de represálias tornou-se o novo normal e o unanimismo tomou conta do debate. Este medo estende-se ao comum munícipe que caso não goste, partilhe ou critique, é bloqueado das plataformas de propaganda do regime!

Uma sociedade que não debate, não evolui, pois apenas se segue acriticamente um caminho, uma ideia, de um pseudo rei sol que dá provas de ineptidão a cada decisão que toma, a cada investimento que não se realiza!

A cada ano que passa, Águeda vai ficando para trás, pois por muita atracção ocasional que possa proporcionar, temos perdido habitantes! Significa que é positivo vir a Águeda, mas não somos atractivos a ponto de atrair novos residentes!

A incapacidade tirana de lidar com a crítica ou uma mera sugestão de melhoria, resulta em ataques pessoais coléricos que apenas contribuem para reduzir o debate político aos tribunos de café, pois o comum mortal, nada quer saber da política que a vê como algo conspurcado e conspurcador.

Urge dar a palavra aos jovens, os tais da geração (à) rasca, que com a sua irreverência e dinamismo transportam a sua vontade e energia para fazer coisas diferentes, trilhando novas ideias, novos caminhos. É essencial alterar a postura e discurso políticos, não dizer mal por dizer, mas apontar falhas e apresentar propostas para colmatar tais falhas!

Mas este desígnio está pejado de obstáculos, obstáculos estes colocados pelo status quo de anos e anos de lideranças impostas e não conquistadas, pois estes líderes – também os de opinião – percebem que só mantendo a confusão, o grupo restrito dos políticos de sempre, conseguem manter esse mesmo status quo.

Diz o adágio que a definição de insanidade é continuar a fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.

As mudanças acarretam um inerente descontentamento dos poderes que se habituaram ao poder, à liderança de opinião. Mudar significa perder palco. Deixemos a insanidade e sejamos racionais ao fazer as coisas de forma diferente. Aproveitemos quem não se deixa coagir e enfrenta o poder apodrecido de anos e anos de vícios errados que culminaram numa asfixia democrática sem precedentes.

Estar junto, é uma coisa do momento, de utilidade, de conveniência. Estar unido, isso sim, é algo difícil pois implica um compromisso de anos, de altos e baixos, bons e maus momentos!

Fiquemos unidos, pois Águeda merece mais, porque o que tem já começa a ser pouco!

Antero Almeida, vereador do PSD de Águeda.

* Vereador da Câmara de Águeda. Artigo publicado originalmente no Facebook do PSD de Águeda.

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