A Unidade de Saúde de Travassô, em Águeda, tem as consultas suspensas devido a licença de maternidade das três médicas que estão colocadas na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) da sede concelho, incluindo a que presta serviço na freguesia.
Assim, o Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) do Baixo Vouga optou por “concentrar temporariamente” os recursos médicos.
São lembrados, também, os “constrangimentos ao nível das instalações” da unidade de saúde que aguardam solução com a construção do novo edifício, no mesmo local, tendo sido já iniciado o processo de contratação pública. As consultas só voltarão a ficar disponíveis com novas instalações.
Esclarecimento prestado pelo Ministério da Saúde em resposta a um requerimento apresentado pelo Bloco de Esquerda alertando para problemas na prestação de cuidados primários de saúde em Águeda.
A unidade de saúde de Belazaima do Chão, a deslocação de médico apenas “se efetua quando o número de consultas agendadas o justifica”. É assumida, deste modo, “descontinuação da atividade” de forma “parcial e ajustada às necessidades expressas”.
A tutela aproveita para lembrar que está prevista a remodelação integral e ampliação do centro de Águeda, que concentra as várias unidades funcionais do ACeS do Baixo Vouga. Cabe à Câmara enquanto dono da obra a submissão da candidatuaa fundos europeus.
A terminar, o esclarecimento ministerial garante que a Unidade de Saúde Familiar de Águeda ‘+ Saúde’ está dotada dos recursos médicos “suficientes para o seu normal funcionamento”.
Quanto à UCSP Águeda II, “aguarda-se a conclusão do concurso de médicos (1ª época) para médicos de medicina geral e familiar, “tendo em vista a atribuição de médico de família e ficheiro temporário e pontualmente a descoberto”.
O reforço será realizado “em função dos recursos disponíveis e ajustado às necessidades”, baseando-se “em critérios de equidade e solidariedade alocativa”.
Reação do Bloco de Esquerda
“O Bloco de Esquerda vem mostrar-se preocupado com a falta de esclarecimento sobre a necessidade de contratar Assistentes Operacionais. A falta destes profissionais está a impedir o normal funcionamento das UCSP, pois cabe aos médicos o trabalho de desinfeção e limpeza, o que lhes retira tempo de atendimento a pacientes.
Relativamente à unidade de Belazaima do Chão, o governo afirma que há consultas a decorrer por marcação, sem esclarecer qual o número de consultas que justifica a alegada deslocação de médico para aquela zona periférica do concelho. (…) O BE entende que neste momento difícil, devido à situação pandémica, o reforço da resposta dos cuidados de saúde primários tem que ser uma prioridade, não só para o governo, mas também para os poderes públicos locais (…).”