Águeda: PSD defende serviços de limpeza municipais próprios e questiona atividade de empresa no Casarão

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Os vereadores do PSD na Câmara de Águeda defendem a criação de uma secção de limpeza municipal, com a contratação de pessoal para desempenhar aquelas funções.

A proposta surgiu na sequência da decisão do município de denunciar o contrato com a empresa de limpeza dos edifícios municipais, devido a salários em atraso, entre outros incumprimentos.

Os trabalhadores afectados pediram a intervenção da Câmara em diversas Assembleias Municipais e manifestações.

A autarquia decidiu, entretanto, pela contratação de uma nova empresa pelo preço de 354.263 euros, por ano (total de 1,062 milhões de euros)

O vereador social democrata Antero Almeida defendeu “que com tais quantias, poderia facilmente o município ter um quadro de 30 trabalhadores com salários perto dos mil euros e que dependeriam directamente do Município, combatendo o desemprego e sobretudo a precariedade laboral.”

Ao actuar desta forma, o executivo “prefere uma solução mais cara para o erário público, demitindo-se de exercer as suas funções ao preferir constantemente a protecção de empresas privadas em detrimento do interesse público que deve nortear a sua actuação.”

Questionada instalação de empresa

Entretanto, o PSD manifestou também “preocupação” com a instalação de uma empresa de betão pronto e misturas betuminosas no Parque Empresarial do Casarão, alertando para “uma situação delicada, que requer a realização de um estudo de impacto ambiental.”

A discussão do assunto estava agendada para a reunião de Câmara, para que fosse constituído o direito de superfície à empresa. “No entanto, após deslocação ao local, o PSD constatou que a empresa já tomou posse dos lotes e já edificou nos mesmos”, estranham os sociais democratas.

O PSD considera que se trata de “uma situação inaceitável, dado que não existem licenças ou projeto, nem é conhecido o impacto ambiental.”

“Resta apurar se a empresa agiu num claro abuso de domínio de terrenos públicos, à revelia do Executivo municipal, ou existiu conivência para que o fizessem antes de cumpridos os requisitos legais”, conclui o comunicado, exigindo esclarecimentos.

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