É com profunda preocupação que o PCP recebe a resposta do Governo à sua pergunta sobre a Extensão de Saúde de Belazaima do Chão.
O PCP questionou o Governo procurando saber se é sua intenção o encerramento da Extensão de Saúde de Belazaima do Chão; qual a justificação para que desde Outubro de 2019 não se tenha encontrado uma solução para a contratação de um médico de família; e que medidas o Governo iria adoptar para repor a prestação de cuidados de saúde à população servida por aquela extensão de saúde e que investimentos na melhoria do seu funcionamento tem previstos.
O Governo limita-se a esclarecer que o acesso à prestação de cuidados de saúdes primários da população de Belazaima do Chão, Castanheira do Vouga e Agadão encontra-se assegurado uma vez que podem se deslocar à sede da UCSP Águeda II (centro de saúde de Águeda) para consultas abertas para doenças agudas e para consultas programadas de vigilância da saúde , que não é uma real solução pois significa uma deslocação de pelo menos 14km numa realidade em que não existe uma rede de transportes públicos capaz de dar resposta às necessidades. Nada adianta sobre a contratação de um novo médico de família para aquela Extensão de Saúde.
No atual momento, em que enfrentamos no país um surto epidémico, torna-se ainda mais relevante garantir o funcionamento adequado da Extensão de Saúde de Belazaima do Chão, assegurando o acompanhamento de outras patologias e a ligação do SNS às populações.
Reafirmamos que não tem que ser assim, outro caminho é possível.
Um caminho que rompa com as opções da política de direita que há décadas têm vetado o SNS a um profundo desinvestimento com as consequências hoje à vista de todos.
A realidade demonstra-o e o caminho tem de ser o de avançar sentido de aumentar o investimento no SNS para reforçar a sua capacidade de resposta, o alargamento dos cuidados prestados e a melhoria da qualidade. E esse caminho faz-se com o investimento nos edifícios e equipamentos do SNS para modernizar e melhorar a resposta pública. Faz-se com a valorização das carreiras, salários e com a regulação dos horários dos seus trabalhadores.
O direito à saúde tem que ser a prioridade de qualquer Governo e o Serviço Nacional de Saúde é a única garantia do seu cumprimento. Podem contar com o PCP para a resposta que se impõe na salvaguarda da saúde, para resistir às dificuldades e defender os direitos das populações.
PCP de Águeda