As viagens históricas da locomotiva a vapor deram grande visibilidade à Linha do Vouga. As boas notícias poderão não ficar por aqui.
Isso mesmo adiantou o presidente da Câmara de Águeda ao intervir na última Assembleia Municipal, que teve lugar em Óis da Ribeira.
“Temos o comboio histórico, mas não é só isso. Temos negociações adiantadas para instalar material circulante novo aqui, isso é fantástico. E a linha não está fechada para outros lados, pode ter sequência. Vamos ver se acontece”, revelou Jorge Almeida.
O edil falava no período aberto à participação do público, antes da ordem do dia, na sequência da intervenção de um cidadão que apresentou a petição online que está a ser dinamizada por uma ‘comissão de utentes” da Linha do Vouga para reclamar a requalificação daquela ferrovia secular.
O autarca de Águeda considera que toda a ajuda é bem vinda, acreditando que vão chegar melhores dias. “Somos parceiros. Estamos numa época de ouro para o caminho de ferro nesta região. Temos um presidente da CP, Nuno Freitas, que é de S. João da Madeira, com uma sensibilidade notável, quer defender a Linha do Vouga e está a defender. É um parceiro enorme nesta luta”, afirmou.
Jorge Almeida admite que o empenho dos “parceiros do Norte” (Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Feira e Espinho) não é pelo ‘Vouguinha’. “Querem uma boitola larga, nós defendemos claramente a bitota métrica para a Linha do Vouga”, referiu.
O presidente disse que ficou “entusiasmado com as notícias” dadas numa reunião mantida com o ministro da Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. “Saí bem impressionado com vontade, que é determinante, quase não vale a pena petições nesta altura”, ironizou.
As novidades não ficaram por aqui. Jorge Almeida informou a Assembleia Municipal que a Câmara “está prestes a fechar o acordo” para ficar com a estação da CP da cidade, que deseja ver dinamizada pelo movimento associativo local, e os terrenos adjacentes, atualmente sem utilização. “Foi um trabalho de formiga, muito em breve assinaremos o protocolo”, adiantou.
Sobre o comboio histórico, o autarca referiu que a recetividade “foi muito maior do que se poderia imaginar”, com ingressos esgotados, estando bem encaminhado que a locomotiva a vapor volte a circular na altura da páscoa.
O ‘Vouguinha’ levado também mais gente ao museu ferroviário de Macinhata, que recebeu em janeiro e fevereiro 1062 visitantes. No ano passado, cerca de 8300 pessoas foram conhecer o espólio.
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