A Câmara de Águeda tomou medidas para a melhoria da qualidade de iluminação pública do concelho, reforçando as zonas habitacionais.
A proposta apresentada à EDP Distribuição pretende “retirar luminárias situadas em zonas longe das habitações e aglomerados urbanos e por reforçar a iluminação nas localidades”, refere uma nota de imprensa hoje divulgada.
Ainda segundo a edilidade, a empresa assumiu a existência de “atraso na reparação de avarias na rede de iluminação”.
Um levantamento “exaustivo” municipal identificou “um número significativo” de luminárias no concelho localizadas em zonas no meio da floresta ou longe das habitações, sugerindo junto da EDP a recolocação das mesmas onde são mais necessárias, nomeadamente em aglomerados urbanos.
Até ao momento, foram removidas 333 luminárias em todo o concelho, sendo que163 já estavam desligadas no contexto de um programa de poupança de energia que ocorreu há cerca de sete anos.
As Junta de Freguesia foram solicitadas para apontar “os locais onde é necessário reforçar iluminação, bem como onde possa ter ocorrido alguma eventual retirada indevida ou inapropriada de iluminação”.
Neste momento e mesmo antes de qualquer indicação das Juntas de Freguesia, a Câmara de Águeda já comunicou à EDP que foram desligadas indevidamente e sem qualquer solicitação da Autarquia cinco luminárias.
A autarquia manifestou também insatisfação junto da EDP Distribuição pelo “atraso significativo na resolução de avarias na iluminação pública em todo o concelho, bem como na resposta aos pedidos de instalação de novos pontos de luz e ampliação de rede.”
Águeda tem mais de 300 pedidos para reparação de focos de iluminação, tendo sido reportados atrasos com mais de nove meses, “cuja responsabilidade foi assumida, na referida reunião, pelo prestador de serviços energético.”
Segundo a nota de imprensa, a EDP Distribuição comprometeu-se em resolver o problema. Estão previstas penalizações nestes tipos de atrasos.
A empresa tem planeadas rondas por todo o concelho pelos postos de transformação com mais avarias identificadas para eventuais manutenções preventivas.
Discurso direto
“Era necessário realizar este trabalho, que se provou consequente, uma vez que foi possível perceber que há um número elevado de luminárias em locais sem habitantes e desertos e ainda outras que estavam abusivamente em propriedades privadas.
Mais do que poupar energia, o objetivo desta operação prende-se com a aplicação de um sentido de justiça e de responsabilidade socioeconómica, para que com os mesmos custos, se possa melhorar a iluminação das vias públicas em zonas habitacionais de todo o concelho, rural e urbano” – Jorge Almeida, presidente da Câmara de Águeda.