O Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do projeto de execução da ampliação para mais 75 hectares do Parque Empresarial Casarão (PEC), a fase 2, encontra-se em consulta pública até 26 de abril.
A empreitada promovida pela Câmara de Águeda pretende fazer face ao interesse demonstrado para a instalação de novas empresas naquela que é já a principal zona industrial do concelho.
A ampliação do PEC prevê abranger cerca de 75,31 hectares. Uma área a dividir em 52 lotes (1.037.424,00 m2).
Encontram-se já localizadas em lotes da fase 2 as empresas Sakthi Portugal , Ciclo Fapril e a Controloffice, decorrendo já o alargamento de alguns dos caminhos de acesso.
O projeto da primeira fase do loteamento do PEC, desenvolvido para uma área de 45,51 ha, encontra-se atualmente em fase de exploração.
Segundo o EIA, “a importância” do projeto de ampliação “resulta da escassez de solo industrial municipal a custo reduzido e, da carência de infraestruturação dos espaços industriais, que comprometeu a competitividade das empresas de Águeda.”
A edilidade aguedense espera também “melhorar as condições ambientais e urbanísticas dos aglomerados urbanos e do concelho, facto este alcançado com a deslocalização de algumas das empresas existentes em aglomerados urbanos para o PEC”.
A estratégia de desenvolvimento industrial passar por “criar oportunidades para o desenvolvimento do conceito de tripla hélice (colaboração entre empresas, universidades e autarquias) e, contribuir para a economia do conhecimento”.
A execução do projeto de ampliação do PEC está estimada em cerca de 5,2 milhões de euros, com um financiamento elegível, aprovado através do programa Centro 2020, de 2,1 milhões de euros.
O valor global de encaixe financeiro pela venda dos lotes, alvo de redução do preço aprovado em Assembleia Municipal para 15€/m2 , deverá chegar aos 4,6 milhões de euros.
“Projeto tem um efeito potenciador muito significativo ao nível dos impactes” – EIA
“De um modo geral, os impactes negativos significativos associam-se à alteração do uso do solo e respetiva impermeabilização, todavia, deve ser tida em consideração nesta análise que a área de intervenção se caracteriza pelo reduzido valor ecológico e reduzida sensibilidade ambiental. As medidas de minimização que se preconizam poderão minimizar os efeitos mais significativos do projeto.
Foi identificado um impacte negativo, classificado como muito significativo, ao nível da emissão de ruido, associado ao tráfego rodoviário. Considera-se contudo que a implementação das medidas de minimização propostas será eficaz na diminuição do incómodo causado pelo tráfego rodoviário.
A maioria dos impactes positivos avaliados apresentam uma magnitude muito significativa, estando, essencialmente, associados à dinamização das atividades económicas do concelho e da região, à melhoria da qualidade vida, através da melhoria das condições económicas e sociais da população.
Relevante e significativamente positivo é, também, o efeito que o projeto terá na relocalização de empresas industriais diminuindo assim significativamente os impactes e riscos ambientais dispersos pelo território.
Conforme se demonstra na avaliação dos impactes cumulativos o projeto tem um efeito potenciador muito significativo ao nível dos impactes, com destaque para a criação de riqueza e de empresas”.