Tudo indica que, para dar resposta e por receio de falhas de abastecimento, os fabricantes começaram a açambarcar matérias-primas.
A última década foi de ouro para o setor metalúrgico e metalo mecânico português. Quem o diz são as associações do setor. A Cefamol, por exemplo, refere no seu mais recente ‘market report’ que os últimos dez anos foram os melhores de sempre para a indústria de moldes nacional.
Este facto justifica, em parte, a resiliência demonstrada pelas empresas do setor no último ano e a capacidade de resposta perante o aumento da procura registado no primeiro trimestre de 2021. A AIMMAP anunciou, inclusive, que março deste ano foi o melhor de sempre para as exportações do setor, que atingiram uns impressionantes 1.960 milhões de euros.
No entanto, o aumento da procura parece estar também na origem da atual falta de matérias-primas como o aço, mas também o crómio, o níquel, o cobre, o cobalto ou o alumínio. E esta, por seu lado, condiciona a recuperação do setor.
Os dados indicam que, durante a pandemia, o consumidor desviou a atenção dos serviços, como os relacionados com o turismo e restauração, para os bens de consumo. No primeiro trimestre deste ano, esta tendência intensificou-se, principalmente em países em que a pandemia está controlada, como é o caso da China. Ora, tudo indica que, para dar resposta e por receio de falhas de abastecimento, os fabricantes começaram a açambarcar matérias-primas.
No essencial, fizeram o mesmo que os consumidores fizeram no início da pandemia com o papel higiénico (não fosse o diabo tecê-las…).
A este facto, junta-se a falta de condições logísticas para o transporte marítimo, com muitos contentores retidos em países a braços com picos pandémicos e os restantes a serem sobre-utilizados pelos operadores.
Já todos percebemos que não podemos estar completamente dependentes de uma única fonte de abastecimento. Parte da solução pode estar na reciclagem de metais. Neste sentido, intensifica-se a investigação, aprimora-se a tecnologia de triagem, movimentam-se as empresas da área. Nesta edição, contamos-lhe um pouco do que está a ser feito.
Conte também com diversa informação acerca das novidades técnicas no campo do processamento de chapa e com um resumo das principais tendências exibidas na Metav 2021.
Fique ainda a saber a que conclusões chegaram os investigado res que levaram a cabo o projeto EcoTermIP, relacionado com a ecoeficiência de processos térmicos, e, por exemplo, o que levou a Adira a investir na inovadora, e cada vez mais competitiva, área da fabricação aditiva. Para ler na entrevista exclusiva que o CEO da empresa, Jorge Aguiar, deu à InterMETAL.
Boa leitura!
* Editorial da revista Intermetal (https://www.intermetal.pt/Flipbooks/BM/9/4).
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