Um cidadão do leste europeu contrariou as acusações de maus tratos infligidos à família no início do julgamento que decorre no Tribunal de Aveiro.
O arguido, soldador atualmente a trabalhar no estrangeiro, responde por crimes de violência doméstica (2), ofensas à integridade física, coação e ainda posse de arma proibida.
“A maior parte do que está aí escrito não é verdade”, disse o homem de 49 anos em resposta ao coletivo de juízes.
Segundo a acusação do Ministério Pública (MP), os factos em causa ocorreram no início do ano passado no interior da residência da família, em Ílhavo.
A esposa, os dois filhos, um deles menor, foram alvo de agressões e ameaças, incluindo de morte, numa situação exibindo uma faca de cozinha.
Embora inicialmente a mulher tivesse evitado pedir socorro, por recear retaliações, acabou por queixar-se na GNR.
No final de janeiro, as vítimas viram-se obrigadas a abandonar a residência, entrando num programa de proteção, através de acolhimento em ‘casa abrigo’.
Durante buscas domiciliárias, a Guarda acabaria por encontrar uma espingarda caçadeira ilegal e munições.
A acusação do MP diz que as vítimas viviam “em sobressalto e receavam pela vida”.