Acusada de tentar matar o marido declarada inimputável

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Tribunal de Aveiro.
Natalim3

O Ministério Público (MP) defendeu uma pena de internamento, suspensa, com obrigação de acompanhamento médico, para a reformada que esfaqueou gravemente o marido na sequência de uma discussão na residência, motivada por motivos passionais, no concelho de Ílhavo, em setembro de 2017.

A mulher, que foi declarada inimputável por motivos psiquiátricos, remeteu-se ao silêncio no julgamento em que respondeu, além de homicídio na forma tentada, pelos crimes de violência doméstica e sequestro.

Os filhos, chamados como testemunhas, usaram o direito de não prestar declarações por serem familiares.

O homem foi golpeado pela mulher, que lhe provocou uma perfuração até ao intestino, na sequência de uma discussão em casa.

Nas declarações prestadas na fase de inquérito, a arguida mostrou-se arrependida, admitiu que controlava as saídas do marido por suspeitar que tinha outras mulheres, mas garantiu que não quis matar, alegando que foi buscar a faca para afastar o marido, porque este a estava a ameaçar.

Depois do esfaqueamento, a mulher deitou o homem na cama e tratou o ferimento. Só na manhã seguinte, face ao agravar do estado de saúde, pediu socorro, não tendo relatado aos bombeiros o que sucedera.

A defesa entende que não há prova para condenar em qualquer um dos crimes imputados.

A arguida e o marido continuam a viver juntos.

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