A saga continua

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Habitação social (Foto da CM de S. João da Madeira).

O PS renovou a maioria absoluta em S. João da Madeira nas eleições autárquicas passadas. Nada que não tenha alterado a política do executivo até agora, pelo que vejo. Dizem-me, só passaram seis meses. Seis meses, não são quatro anos, mas dá para fazer um balanço.

Por Mário Pereira *

Vamos começar pelas estradas. Pouco antes das eleições alcatroaram-se (e bem) algumas das principais artérias da cidade. Mas quem conduz fora delas, pode ver que embora São João da Madeira não seja a Faixa de Gaza, há buracos por quase tudo que é estrada. Dois exemplos que me ficam mais na cabeça: Rua José Domingos de Oliveira, Nacional 327. Rua General Norton de Matos (fronteira com a Arrifana).

A política de transportes, teve uma evolução importante no mandato anterior: a Gratuitidade dos Transportes Urbanos Sanjoanenses. Mas continua sem muita insistência naquele que pode ser o meio preferencial de transporte da região do Entre Douro e Vouga: a Linha do Vouga. Quem conduz na Nacional 223, sabe que está sempre congestionada. Apesar de ter sido aprovada uma recomendação da CDU na Assembleia Municipal para acompanhamento da Linha.

O Movimento Cívico pela Linha do Vouga continua a fazer o trabalho que os políticos deviam fazer e não fazem ao acompanhar as obras, que estão praticamente a meio da empreitada actual entre Feira e Oliveira.

Uma boa iniciativa foram as novas paragens do TUS, no entanto, a paragem da Quintã (Transdev) continua sem estar assinalada, horários continuam sem estar em grande parte das paragens do TUS. O executivo esquece-se que muita gente tem dificuldades em ir à internet. E qual será a dificuldade de afixar horários nas paragens? Penso que não é preciso um curso de Física Quântica.

Por falar em Assembleia Municipal, inexplicavelmente, há meses, deixaram de disponibilizar as assembleias completas no canal do youtube, mantendo as do facebook…  que desaparece no dia seguinte. E a transparência? O Bloco de Esquerda (e bem) apresentou uma proposta para alargar a divulgação das assembleias.

Por último, a política de habitação. O executivo executou uma proposta da CDU para a Câmara tomar posse dos apartamentos da GNR e da PSP que estavam vagos. Boa iniciativa. Mas não resolve o problema das 200 pessoas à espera de habitação. Parece pouco razoável a proposta da Câmara de reabilitar habitação privada, pois envolve acordos complicados entre Câmara e proprietários.

Fala-se muito em dinamizar a zona de Casaldelo. E que tal um novo bairro com rendas acessíveis? A Subida do custo de vida, associada à guerra da Ucrânia e não só, faz com que pessoas que recebam o salário mínimo, sejam confrontadas com rendas de valor semelhante.

Depois as pessoas, alimentam-se do ar. Onde o Estado falha, é obrigação da Câmara estar presente, como fez e bem no caso do dentista.

* Munícipe sanjoanense.

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