Durante a última década temos vivido em ritmo mais acelerado. A introdução crescente de tecnologia no nosso quotidiano fez com que tudo parecesse andar mais rápido.
Por Sérgio Abrantes *
Porem, e apesar de haver uma rota e um rumo definidos, este caminho de transição e longo e não tem sido percorrido sem sobressaltos. E não precisamos de recuar muito. Nos últimos dois anos contabilizamos uma crise sanitária e, agora, uma crise relacionada com a ocupação da Ucrânia, que se traduziu num avolumar de problemas que já eram óbvios na cadeia de abastecimento. Desde falta de matérias-primas a uma inflação que ameaça a estabilidade económica de um mundo em recuperação, a centelha de esperança chega precisamente da nossa resiliência coletiva.
Com este cenário traçado, durante o mes de julho, em parceira com a Abilways Portugal, a MOB Magazine esteve envolvida na dinamização do MobLab Congress, evento que decorreu no Porto e onde, durante dois dias, se debateram os caminhos de futuro da mobilidade em Portugal.
Com vários painéis de discussão, com empresas, autarquias e representantes de associações envolvidos, a mobilidade esteve presente nas suas diversas dimensões, concretizando-se a ideia que da início a este texto: este e um setor que esta a revolucionar-se, que se tem adaptado rapidamente a novos standards e que so recentemente conseguiu ter um plano de futuro com horizonte alargado e metas concretas.
Com muitas metas futuras por cumprir, com obstáculos para ultrapassar (haverá sempre obstáculos), o sentimento que sobejou destes dois dias de partilha foi de pleno envolvimento de todos os intervenientes no eixo da mobilidade, desde empresas que procuram alternativas verdes aos combustíveis fosseis, a operadores que enfrentam, diariamente, todas as pequenas e grandes crises e… as resolvem para bem de todos nos.
Desde combustíveis de transição, a planos que foram pensados para reapresentar a mobilidade e interligá-la com a cidadania, os debates que naturalmente se geraram, esperamos, poderão abrir caminho para novas sinergias.
Sem certezas quando conseguiremos chegar a esse ponto de chegada que e uma logística e uma mobilidade verde, pensada para todos e com o envolvimento dos diversos intervenientes, há uma certeza que todos podemos retirar relativamente a este segmento em Portugal: há vontade em tornar o segmento mais amigo do ambiente, mais eficiente, mais permeável a partilha de dados e experiências e, sobretudo, uma vontade permanente para inovar.
* Editorial do site Mobmagazine.
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