A situação da economia e finanças da Câmara de Aveiro que denunciamos, num quadro em que se foi sufocando a população com taxas máximas e aumentos generalizados de impostos, se mantém numa gravosa dívida municipal acima dos 100 milhões de euros.
Filipe Guerra *
Há um ano realizaram-se eleições autárquicas. Como eleito do Partido Comunista Português, julgo ser necessário e justo partilhar o elenco de um conjunto de assuntos e preocupações do povo de Aveiro que o PCP ali apresentou, reclamando soluções.
Isto para além das dezenas de intervenções do PCP sobre as matérias da Ordem do Dia.
Na mobilidade, com o PCP vieram os problemas em torno da AveiroBus, dos horários, percursos, preços e situação laboral da empresa, os atrasos constantes e problemas de circulação naval entre São Jacinto e Aveiro, os atrasos na obra da Ponte São João, a degradação da rede viária em várias artérias do centrais Concelho mas também em zonas periféricas e menos notadas como em Eixo ou Verba ou ainda os gravíssimos e insuportáveis transtornos a todos os que circulam junto da interminável obra “rotunda da Portucel”.
Na área da Saúde, demos voz a problemas em trono das carências do Centro Hospitalar Baixo-Vouga, das valências às listas de espera ou à falta de pessoal, ainda os atrasos e insuficiências nos Centros de Saúde de Eixo, São Bernardo ou Aradas, e a gravosa situação da população de São Jacinto.
A situação da economia e finanças da Câmara de Aveiro que denunciamos, num quadro em que se foi sufocando a população com taxas máximas e aumentos generalizados de impostos, se mantém numa gravosa dívida municipal acima dos 100 milhões de euros.
Também pela voz do PCP, chegaram pequenos e grandes problemas do dia-a-dia aveirense, seja a ausência de passeios na Avenida Vasco Branco entre Esgueira-Santa-Joana e a Estação da CP, o prédio embargado junto da VitaSal, os problemas ambientais em Mamodeiro, ou o insuportável aumento do custo da habitação para compra ou arrendamento com todas as suas consequências económicas e sociais.
Com o PCP também contou a população reunida em torno do Rossio, defendendo-o contra a sua entrega à gula especulativa defendida pela obstinação antidemocrática do Executivo PSD/CDS.
Muito mais se poderia acrescentar a esta lista, e lamenta-se que tantas preocupações, denuncias e propostas se mantenham actuais. Bem como o seu silenciamento.
Os democratas e o povo de Aveiro sabem que têm na intervenção do PCP um aliado para o que é preciso, e esperamos poder continuar a lutar e a intervir juntos, colocando sempre em cada posição tomada, os interesses do povo e dos trabalhadores aveirenses como critério único, e apresentando este trabalho perante quem em nós confiou o seu voto ou solidariedade.
Esta é a marca da intervenção comunista na Assembleia Municipal de Aveiro.
* Jurista e eleito do PCP na Assembleia Municipal de Aveiro.