A indústria automóvel e de componentes – desafios nos mercados internacionais

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Simoldes, Oliveira de Azeméis.

A indústria automóvel e de componentes enfrenta uma série de desafios exigentes nos mercados internacionais, desde a transição para veículos mais ambientalmente limpos e eficientes até à intensa competição global, à complexidade nas cadeias de abastecimento e à evolução tecnológica. A capacidade de se adaptar a estes desafios e de inovar continuadamente são fundamentais para o sucesso das empresas do setor.

Por Rui Paulo Rodrigues *

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A busca pela inovação sustentável tem-se tornado uma prioridade na indústria automóvel e de componentes, trazendo consigo melhorias que não só beneficiam as empresas, mas também o meio ambiente e a sociedade em geral. A inovação sustentável visa introduzir avanços que resultem na eficiência energética, na redução de desperdícios e na diminuição da pegada carbónica, contribuindo para o desenvolvimento de produtos e serviços mais eficientes e alinhados com os objetivos ambientais das empresas.

O Grupo Simoldes é uma empresa global, com mais de seis décadas de experiência no fabrico de moldes para a injeção de termoplásticos e na produção de componentes automóveis, focada num compromisso constante de antecipar as necessidades do mercado e inovar de forma ágil para atender às necessidades em constante evolução da indústria automóvel. Este é um grupo de empresas 100% privado com sede em Oliveira de Azeméis, Portugal, a cerca de 40 km a sul do Porto, possui 10 unidades de produção em Portugal, quatro na América Latina (Brasil e Argentina) e outras na Polónia, Chéquia, França e Marrocos. A estas unidades produtivas, acrescem serviços técnico-comerciais em vários países da Europa, México, Estados Unidos e Índia. Quando preparamos o nosso plano estratégico de inovação, as questões tecnológicas e ambientais são devidamente enquadradas, definindo-se os elementos-chave, como as tecnologias limpas, novos materiais mais verdes, economia circular, indústria 4.0 e lightweight, resultando em projetos e componentes que contribuem para produtos mais leves e alinhados com programas de sustentabilidade. A concretização destes programas é, em alguns casos, feita com a participação e envolvimento dos nossos clientes, fornecedores e parceiros tecnológicos e científicos, envolvendo todos os vetores da sustentabilidade e desempenhando um papel fundamental na busca por soluções que atraiam clientes e parceiros num ecossistema cada vez mais exigente.

Uma das nossas prioridades é contribuir diretamente para a redução da pegada carbónica do nosso produto, tanto através de mudanças nos processos produtivos, como na criação de produtos mais leves, reduzindo a incorporação de matéria-prima, utilizando materiais mais amigos do ambiente ou através da incorporação de energias renováveis, sempre com o objetivo último de redução da pegada carbónica nos veículos automóveis. O resultado dos nossos projetos de I&D e Inovação tem contribuído para um consumo menor, tanto nos ICE como nos BEV, e também na redução da emissão de dióxido de carbono através da utilização de materiais biocompósitos, do aumento da integração de materiais reciclados ou reutilizados e da introdução de processos de manufatura aditiva.

Alguns dos processos de I&D+I em curso ou já em produção série são o PROTEVS, Bluener- gy, Oceanbattery, PVAB, MAPP & Coreback & Toyocell, Leimsa, B2-Solutions, Boost Recycled Materials, Additive Manufacturing Technolo- gies, Nano-Sim 3D e i-Tool.

O futuro exige que as empresas se comprometam com a sustentabilidade, acompanhando e até mesmo antecipando o progresso e mantendo-se comprometidas com o bem-estar social, económico e ambiental de todos os stakeholders societais. A colaboração entre empresas de diferentes setores constitui uma oportunidade para superar os desafios crescentes da indústria. O setor automóvel enfrenta atualmente o desafio ambiental, que, quando bem enfrentado, constitui uma oportunidade e gera valor e diferenciação. As empresas que tratam esta questão com mais eficácia não apenas ganham relevância junto dos seus clientes, mas também dos colaboradores e comunidade em que se inserem, que se identificam com propósitos alinhados com a sustentabilidade. As empresas que não estejam sensibilizadas para estes temas terão seguramente maior dificuldade em alcançar o sucesso a médio-longo prazo.

* Vice-Presidente do Grupo Simoldes. Artigo publicado originalmente na revista BOW 29 – A Indústria Automóvel e de Componentes – Desafios nos Mercados Internacionais

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