A Importância das PME de Arouca e Cambra na manutenção do crescimento do País

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AECA.
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Enquanto presidente da AECA, sinto-me extremamente honrado em destacar a notável contribuição do tecido empresarial desta região para o crescimento contínuo do nosso país.

Por Carlos Brandão *

Em particular, desejo realçar a relevância das Pequenas e Médias Empresas (PME) industriais, mas também de outros sectores como o turismo que, com a sua resiliência, têm sido um pilar crucial para manter as exportações em alta e impulsionar o crescimento económico, especialmente no período pós -Covid.

O papel das PME é de suma importância na economia portuguesa. Estas empresas têm desempenhado um papel fundamental na criação de empregos, no desenvolvimento de inovação tecnológica e na diversificação da oferta de produtos e serviços. Vale de Cambra e Arouca são exemplos notáveis de como as PME, industriais e outras, têm sido uma força motriz na economia local, impulsionando o crescimento e desenvolvimento sustentável.

A resiliência demonstrada pelas PME da região é digna de aplausos. Enfrentando desafios constantes, desde crises económicas até aos impactos da pandemia da Covid-19, estas empresas mantiveram-se fortes e resilientes. A capacidade de adaptação e inovação permitiu-lhes continuar a operar e a manter um desempenho positivo nas suas exportações, mesmo em tempos difíceis como os que vivemos na última década.

O sucesso das exportações é um indicador essencial do vigor económico de uma nação. As PME de Vale de Cambra e Arouca têm sido verdadeiros exemplos de como empresas
locais podem competir no cenário internacional. Através do seu trabalho árduo, dedicação e foco na qualidade dos produtos, estas empresas conquistaram a confiança dos mercados internacionais, abrindo portas para novas oportunidades comerciais.

O turismo também desempenhou um papel complementar significativo no crescimento das exportações da região. O incremento do turismo pós-Covid, especialmente o turismo
estrangeiro, trouxe consigo uma série de benefícios económicos. Além do setor hoteleiro e de restaurantes, o turismo impulsiona a procura por produtos locais, criando um mercado
interno mais robusto para uma maior sustentabilidade local.

Através dessa sinergia, o crescimento do turismo tem servido como uma alavanca no esforço contínuo de aumentar as exportações, criando um ciclo positivo de desenvolvimento económico. Além da relevância económica, é essencial destacar a importância social das PME para a população que reside neste território.

Quando as empresas locais estão bem, as oportunidades de uma vida próspera para os habitantes desses territórios aumentam significativamente. O crescimento das PME impulsiona não apenas a economia, mas também o bem-estar social das comunidades.
A existência de PME fortes e saudáveis nestas regiões tem um impacto direto na qualidade de vida da população local. Com o crescimento das empresas, o desemprego é reduzido acentuadamente, proporcionando mais oportunidades de emprego estável e digno para os residentes. Isso não só garante maior estabilidade financeira das famílias, mas também promove a coesão social.

Além disso, é importante destacar que o crescimento das PME tem permitido às empresas aumentar os salários dos seus colaboradores, sempre na medida das suas possibilidades, por forma a poderem reter ao máximo os seus mais preciosos ativos: os seus recursos humanos. Isso reflete um compromisso em valorizar e reter os talentos locais, contribuindo para uma melhoria geral na qualidade de vida das pessoas, impulsionando o consumo local, beneficiando outros negócios e serviços da região.

O sucesso da ligação da AECA com os seus associados tem contribuído para aumentar o bem-estar e o relacionamento mais próximo dos empresários com os seus quadros. Disso temos vindo dando conta e temos promovido diversos almoços debate e outras formações que estimulam e que falam da temática da motivação e da psicologia ao serviço das empresas e do bem-estar no local de trabalho. A partilha de bons exemplos tem servido também de alavanca para que outros tentem fazer mais na área dos recursos humanos e só com o crescimento das exportações que obrigam ao crescimento das necessidades de mais recursos humanos, mais preparados e mais focados, as empresas sentem a necessidade de promover esse bem estar e essa necessidade de manter as
pessoas felizes no seu local de trabalho.

* Presidente da AECA. Editorial da Revista “Encontros” (número 18).

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