A geração que deseja não envelhecer!

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Idade sénior.
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Apesar de todas as contrariedades que se nos deparam no dia-a-dia, nós, as pessoas com mais idade, já retiradas dos seus afazeres obrigatórios, inerentes à sua vida profissional,somos hoje bem diferentes dos nossos antepassados, quando estes tinham a idade que nós temos hoje.

Por Maximina Mª Girão C. Ribeiro *

Os sexagenários de hoje mostraram-nos como é possível continuar a aproveitar a vida mesmo depois dos 60 anos. Há muito tempo que, a chamada “terceira idade” deixou de ser a última fase do ciclo evolutivo. Por este motivo,já não será totalmente correcto referirmo-nos a pessoas com 60 ou mais anos, como sexagenários. Agora, segundo os sociólogos, será mais aceitável chamá-los de sexalescentes.

Trata-se, na realidade, de uma nova faixa social, que representa uma verdadeira novidade demográfica, muito parecida com a que, em meados do século XX, se denominou como adolescência, quando se teve consciência de existir um grupo de jovens que já não se enquadrava nas crianças, nem nos adultos, mas que se definia com uma identidade própria e incluía uma massa de jovens oprimidos em corpos desenvolvidos que, até então, não sabiam onde integrar-se,nem como vestir-se, ou qual o seu papel na sociedade.
Os homens e as mulheres entre os 60 e os 70anos, são hoje muito diferentes das gerações anteriores, quer na forma de vestir, usando as cores e os modelos da moda, num vestuário mais ousado, assim como nas actividades que procuram para preencherem os seus dias,teimando em se manterem física e mentalmente activos e receptivos a novas aprendizagens.

Segundo a sua condição física, este grupo de pessoas, segue os conselhos médicos de caminharem, pelo menos, de 20 a 30 minutos por dia, de fazerem ginástica duas ou três vezes por semana, de praticar natação, de dançarem, de quebrarem a solidão, convivendo e divertindo-se. Ao mesmo tempo, este grupo preocupa-se em se ligar às tecnologias, manuseando computadores, utilizando as redes sociais, o smart-phone, ou o whatsapp, para comunicarem e conviverem com os que estão mais longe. Os cuidados com a aparência estão, igualmente,na ordem do dia, para homens e mulheres. Pintam o cabelo, usam produtos para melhorarem a sua aparência física, preenchem as rugas, retocam as sobrancelhas e lutam diariamente pela melhor qualidade de vida.

Podemos dizer que hoje assistimos a uma nova velhice, composta por pessoas que ainda têm projectos, ainda “vêem” o futuro, tendo em conta que as balizas cronológicas de vida se alongaram, tornando possível novas situações a nível de mudanças de vida, de relacionamentos, de sexualidade, de novas  prendizagens ou, até, ter a coragem de romper com estruturas rígidas e assumir novos papeis na sociedade.
Os sexalescentes mostram que é possível continuar a aproveitar a vida, mesmo depois dos 60 ou 70, pois sentem-se activos, úteis,motivados, com aspirações e com vontade de continuar vivendo.

Claro que envelhecer é inevitável, mas, ficar velho é opcional!

* Associada nº 2309 da APRe – Associação Aposentados, Pensionistas e Reformados. Artigo publicado originalmente no Boletim da APRe.

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