Nós sabemos bem o que fizemos nestes últimos quatro anos – e sabemos também o que, com humildade e sentido de responsabilidade, precisamos de continuar a fazer nos próximos quatro.
Pedro Nuno Santos*
A fórmula de sucesso deste Governo não foi fazer de forma isolada a redução do défice a ou recuperação de rendimentos.
A fórmula de sucesso foi conseguir conciliar o rigor nas contas públicas e o investimento nas pessoas.
Esta tarefa só foi possível porque tínhamos um líder com a capacidade de articular e de construir esse equilíbrio: António Costa.
Se a direita gostava de transformar a sociedade num “grande mercado”, nós, socialistas, queremos melhorar a forma como, vivemos em comunidade.
Nós defendemos uma sociedade onde quem tem mais contribua mais para que tenhamos uma comunidade mais solidária e mais forte.
Uma sociedade em que os problemas de uns são também os problemas de todos.
Todos nos lembramos como a direita reagiu a esta solução política: “Geringonça”, “diabo”, “esquerdas encostadas”, não faltaram adjetivos para menorizar uma solução política que punha em causa a sua visão de sociedade – e reforçava a nossa.
Quando aumentámos o salário mínimo nacional, dignificámos o trabalho e reduzimos as desigualdades entre trabalhadores – e com isso reforçámos a nossa comunidade.
Quando pusemos fim à sobretaxa do IRS e aos cortes nos salários na Administração Pública, mais não fizemos do que cumprir o contrato que o Estado tem com os seus trabalhadores – e com isso reforçámos a nossa comunidade.
Quando aumentámos a progressividade do IRS e quando subimos o abono de família, reduzimos as desigualdades económicas – e com isso reforçámos a nossa comunidade.
Quando aumentámos as pensões de reforma e quando reforçámos o complemento solidário para idosos, dignificámos quem trabalhou uma vida inteira – e com isso reforçámos a nossa comunidade.
Quando distribuímos manuais escolares gratuitos e reduzimos as propinas no ensino superior, melhorámos as condições de ensino das nossas crianças e jovens – e com isso reforçámos a nossa comunidade.
A direita passou estes quatro anos a dizer que este Governo não defendia, nem servia o país.
Mas perguntemos à esmagadora maioria dos trabalhadores, dos reformados, e dos estudantes e suas famílias – perguntemos-lhes se este Governo não os defendeu, se este Governo não os serviu.
Quando o PSD e o CDS defendem uma redução agressiva de impostos, o que eles não dizem é que, para que não existam desequilíbrios nas contas públicas, terão de pôr os portugueses a pagar na saúde e na educação. É esse o verdadeiro programa: Reduzir impostos para amanhã terem a justificação de entregar estes setores ao negócio dos privados”
A direita passou estes quatro anos a dizer que não fizemos reformas.
A direita não teria aumentado o salário mínimo. Não teria reduzido o IRS para a classe média. Não teria aumentado as pensões de reforma. Não teria tornado os manuais escolares gratuitos. Não teria apostado na ferrovia. Não teria baixado o preço dos passes para os transportes. Não teria combatido a precariedade laboral. Não teria aumentado o abono de família. Não teria descongelado as carreiras da administração pública. Não teria diversificado as fontes de financiamento da Segurança Social. Não teria criado uma nova geração de políticas de habitação.
Estas são as nossas reformas, as reformas de que nos orgulhamos.
Confirmou-se que era possível acabar com a política masoquista que nos dizia que tínhamos vivido acima das nossas possibilidades.
Cumprimos com a palavra dada. Honrámos compromissos. Respeitámos contratos. Defendemos direitos. Recuperámos a dignidade. Devolvemos rendimentos.
Nós sabemos bem o que fizemos nestes últimos quatro anos – e sabemos também o que, com humildade e sentido de responsabilidade, precisamos de continuar a fazer nos próximos quatro.
Só o PS, e um PS forte, é que pode responder a estes problemas de forma a melhorar as condições de vida da esmagadora maioria do povo.
* Cabeça de lista do PS pelo distrito de Aveiro às eleições legislativas (discurso no comício de Aveiro com o secretário geral António Costa)
Mais informações em https://www.facebook.com/psfederacaoaveiro