A Moção é um caminho político que ajuda a esclarecer posicionamentos e medidas.
Por Anabela Saraiva *
Depois da polémica vem sempre a polémica, mais um caso de obsessão compulsiva e opacidade, as atas em atraso foram reprovadas e paira no ar a possibilidade de ser apresentada uma moção de censura ao Executivo da Junta de Freguesia de Aradas pelos constantes atropelos ao normal funcionamento de uma instituição que deveria servir os cidadãos.
Tal decisão e que reúne consensos alargados pretende alertar todos que não podemos pactuar com esta degradação do sistema democrático, as opiniões contrárias são descontextualizadas, não espelham as ideias e pensamentos dos intervenientes, ao invés as frases gravosas, comprometedoras e violentas são retiradas de maneira a suavizar o resultado final, a elaboração de atas imaculadas em relação à atuação do Executivo, tal denota um permanente turbilhão de incapacidades e descontrolo.
A salientar que a Primeira Secretária da Mesa da Assembleia votou contra uma das atas! Isto significa algo, ou não?
A farsa já não aguenta o disfarce, mais grave se torna quando se pedem contributos a todos os elementos para colaborarem no sentido de haver uma aproximação de vontades com o objetivo de repor a verdade, eis que surge uma mão cheia de nada, o marasmo reaparece, desrespeita-se quem trabalhou em prol de uma solução para ultrapassar os obstáculos e as alterações às atas não são concretamente efetuadas.
O que fazer perante a recusa de efetuar as alterações propostas?
As atas continuam a não espelhar o que se passou na realidade, não resta outra opção senão o chumbo das mesmas, aliás procedimentos useiros e vezeiros ao longo deste mandato.
Pela verdade e memória futura.
Pela transparência e respeito
Honestidade, competência e democracia.
“Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti” seria um bom preâmbulo para contar o enredo desta provável Moção de Censura ao Executivo da Junta de Freguesia de Aradas a realizar oportunamente em reunião extraordinária.
A Moção é um caminho político que ajuda a esclarecer posicionamentos e medidas. Sabemos bem que não colhe consequências jurídicas, mas essa não é a preocupação. O que nos move são critérios de fundamentação política, sérios e honestos. O debate sobre o passado e o presente deste mandato do Executivo, porque são demasiado gravosos para a democracia participativa, para os cidadãos de Aradas. A seu tempo explanaremos com detalhe as razões de tal decisão.
Cientes que tudo faremos para melhorar a qualidade de vida das pessoas, incrementando uma nova forma de estar na política, na proximidade, no capital humano, denunciando e enfrentando os desafios.
* Vogal do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia de Aradas.
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