A emergência de um “turista ético”

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Portugal é um dos destinos turísticos mais competitivos e sustentáveis do Mundo e a sua reputação a nível mundial é reconhecida, fruto de décadas de trabalho.

Por Ana Jacinto *

É certo que a pandemia COVID-19 veio mudar muitos paradigmas e, tal como acontece com o safety car da Fórmula 1, colocou todos os principais players turísticos no mesmo ponto de partida. Ainda assim, quando a retoma iniciar, serão os destinos turísticos dos países que mais apoiem esta atividade que terão mais capacidade de recuperar.

Medidas robustas e eficazes dirigidas às empresas do Turismo são essenciais para as colocar novamente na senda do crescimento pré-COVID e, em simultâneo, fazer crescer toda a nossa economia. Por isso são tão importantes os planos estratégicos, razão pela qual saudamos o “Plano Turismo + Sustentável 20-23”, lançado pelo Turismo de Portugal, que tem como propósito posicionar Portugal na linha da frente dos destinos mais competitivos, sustentáveis e seguros do mundo.

A emergência de um “turista ético”, um turista para quem o conceito de turismo deve interferir o menos possível no ambiente e no meio envolvente, quer seja na viagem, quer na estadia, é um fenómeno anterior à pandemia, mas tenderá a crescer e a fazer parte das escolhas das pessoas.

Este turista é geralmente de elevado valor acrescentado que escolhe o seu destino conforme o nível de preparação. Se melhorarmos ainda mais a nossa posição como destino competitivo e seguro vamos ser mais atrativos para este tipo de turista, permitindo massificar menos a atividade.

A AHRESP já iniciou o seu trabalho nestas áreas, disponibilizando informação útil para que os empresários possam tornar os seus negócios sustentáveis ao nível ambiental, social e económico. Nesse sentido, lançámos, em conjunto com o Turismo de Portugal o Guia de Boas Práticas para uma Restauração Circular e Sustentável e o Guia de Boas Práticas para uma Economia Circular no Alojamento Turístico, ferramentas úteis e potenciadoras de mudança de atitudes.

Por outro lado, para a concretização destes mesmos objetivos é também importante o Plano “Reativar o Turismo, Construir o Futuro” desde que os apoios nele previstos cheguem às empresas de forma rápida, ágil e descomplicada.

* Secretária-Geral da AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Smilares de Portugal (artigo publicado orginalmente na revista https://lidermagazine.sapo.pt)

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