A eleição do presidente do PSD deve ser aberta aos portugueses

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Apoiantes do PSD (arquivo).

A luz daqueles que são os propósitos da Comissão Política da Secção de Aveiro do PSD, os seus objetivos e fins, considerámos que não teria cabimento a tomada de posição institucional, com o apoio a algum dos Candidatos.

Por Simão Santana *

O Partido Social Democrata vive no próximo sábado, 28 de maio, um dia muito importante para o seu futuro com a eleição do seu novo Presidente.

Entendo que os militantes do PSD devem participar nos atos eleitorais do seu Partido de forma ativa, mobilizando-se e mobilizando outros companheiros. Aliás, a base da Democracia, o seu fim primeiro e último, é o voto e as eleições, pelo que não seria plausível, interpretar este momento de outra maneira.

A construção de um novo PSD, ajustado às novas gerações e implicado nas respostas concretas à vida das pessoas, tem de começar por nós próprios, militantes e líderes locais, distritais e nacionais do Partido. As eleições diretas do PSD são um ato de respeito e apelo à consciência de cada um dos militantes, valorizando o seu pensamento e seu sentido crítico. Se queremos um Partido mais forte, mais unido e mais capaz, então as estruturas devem ser esse garante.

À luz por isso, daqueles que são os propósitos da Comissão Política da Secção de Aveiro do PSD – que tenho a honra de liderar – os seus objetivos e fins, considerámos que não teria cabimento a tomada de posição institucional, com o apoio a algum dos Candidatos. No nosso entendimento, o apoio das estruturas aos Candidatos, significa dar continuidade ao “garante de votos” que têm enfraquecido a ação política nacional do PSD. Por outro lado, isso não significa que a nossa participação deva ficar diminuída. Antes pelo contrário.

Em Aveiro, historicamente também um farol da Democracia Nacional, queremos dizer aos militantes do PSD, que a decisão para a Eleição do próximo sábado – em respeito pela sua própria reflexão – cabe a cada um deles e que a Comissão Política vai continuar a contar com todos, no dia seguinte à eleição, para o trabalho que já estamos a realizar, de Reformar, Revitalizar e (Re)Unir o PSD, em Aveiro.

O futuro do PSD tem de passar por aqui, mas por muito mais. Devemos discutir a breve trecho, uma alteração aos Estatutos que transformem o formato das Eleições Nacionais do PSD, abrindo-as aos Cidadãos.

Na sociedade portuguesa do Século XXI, não é possível que consigamos construir um Partido forte, se não formos capazes de nos libertar da lógica da falsa militância, onde a discussão das ideias e das propostas para o País ficam à porta e onde prevalece o cacique e os “sacos de votos”.

A sociedade portuguesa reclama por uma alternativa política que possa devolver aos portugueses um horizonte de esperança, um sinal de futuro e sobretudo, um novo ciclo de desenvolvimento e progresso. A sociedade portuguesa sabe, que o único partido que pode romper com o imobilismo socialista que nos tem paralisado nas últimas décadas, é o Partido Social Democrata. É hora por isso, de fazermos o nosso trabalho. Sei bem que os portugueses estão ávidos de um projeto reformista e progressista que possa conquistar a sua confiança eleitoral.

O PSD, como Partido Reformista, deve elevar o nível e passar a realizar eleições primárias, para que os Eleitores – aqueles que decidem quem Governa Portugal – possam também eles serem chamados a escolher quem será o melhor candidato do PSD a Primeiro-Ministro.

Como poderemos Governar Portugal, se decidimos as nossas políticas longe daqueles que são o fim primeiro e último da nossa ação: os Portugueses?
Governar com as pessoas, em vez de governar para as pessoas, tem de ser o desígnio do PSD.

* Presidente do PSD Aveiro.

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