“Há dias assim”: Das ‘Levadas Encantadas’ em Arouca às minas de Sever do Vouga

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'Levadas Encantadas' em Arouca (Foto de António Garcia).
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Regressando aos grupos, foi um fim de semana com Hike Land e Quirino, simpático, profissional e excelente guia. Começamos pelas Levadas Encantadas de Arouca num sábado cujo tempo convidava a muitos “pés-postos”.

Por António Garcia *

Sabemos quanto Arouca oferece aos seus caminheiros encantamentos, nomeadamente com a Serra da Freita e seu Geoparque.

Mas desta vez ficámos em zonas menos desafiadoras, partindo de Mansores, numa circular de 12 km.

Passámos por algumas quintas muradas e seguimos um espaço de castanheiros, carvalhos e amieiros ao longo da Ribeira da Barrosa.

Os vales agrícolas e verdejantes abriram-nos o apetite para enfrentarmos o ex-libris deste percurso: um moinho que já foi ao lado de uma cascata, no meio de um nada maravilhoso. As fotografias desenham ao vivo este encantamento.

Ainda bem, pois com o andar da carruagem, cada vez a exigência qualitativa dos percursos é maior e este é apenas simpático.

‘Levadas Encantadas’ em Arouca (Foto de António Garcia).

Minas de Sever do Vouga: Um percurso que acompanha em grande parte o Rio Mau

Num outro fim de semana caminheiro com a Hike Land, foi mais um desafio com a certeza de encontrar novas valências a um percurso que já vai na quarta visita. E não me enganei, as Minas da Malhada e do Braçal (Sever do Vouga) ofereceram-me, uma vez mais, momentos de êxtase, surpreendendo-me com novos elementos, numa visita guiada por um técnico do museu desta localidade, encarregado das pesquisas históricas e arqueológicas deste espaço.

Fiquei encantado e senti-me completamente privilegiado por desfrutar da companhia e dos novos saberes. Como imaginar este espaço fervilhando de vida (ainda por volta de 1958) com mais de 700 pessoas explorando a galena para a transformar em chumbo, através de elevadores alguns com mais de 400 metros de altura e galerias, algumas perfazendo quase 2k5? Ouvindo as histórias tão bem contadas pelo André. E os quase 15km voaram sem esforço sentido.

Além do aspecto histórico, o percurso acompanha em grande parte o Rio Mau que uma simples ponte o separa do Rio Bom. Sempre envolvidos por uma vegetação cuja sombra e humidade é apreciada em tempos de forte calor. Açudes e pequenas cascatas dão a este espaço características que qualquer tibetano saberia apreciar para a meditação. O sussurrar da água, o chilreio das aves, o imaginar do que foi a vida neste espaço, dá à caminhada contornos de magia, serenidade, paz e bem-estar.

E o remate deste percurso na cascata da Cabreia, majestosa no seu esplendor e na sua força, foi o apogeu de um dia excepcional. Sim, mesmo pela quarta vez, fiquei de novo seduzido pelo encantamento produzido no meu foro interior.
Obrigado Quirino pela proposta bem-sucedida.

Antigas minas de Sever do Vouga (Foto de António Garcia).

* Trabalhou como director – responsável de sector social & cultural. https://www.facebook.com/antoniotony.garcia.9

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